Governo do Estado contrata novos pesquisadores para incrementar estudos na área ambiental

Decreto de nomeação foi publicado no Diário Oficial desta terça-feira, dia 28

ter, 28/09/2004 - 12h08 | Do Portal do Governo

Os estudos no Estado de São Paulo na área de manejo florestal, recuperação de áreas degradadas, preservação de espécies da flora e outros, vão ganhar um novo impulso. Com essa finalidade, o governador Geraldo Alckmin assinou nesta segunda-feira, dia 27, decretos de nomeação – que foram publicados no Diário Oficial de de hoje, dia 28, de 54 pesquisadores científicos para o Instituto Florestal e 36 para o Instituto de Botânica, órgãos vinculados à Secretaria do Meio Ambiente.

Segundo Alckmin, os novos pesquisadores se integram aos quadros dos institutos, “reforçando o trabalho de preservação da biodiversidade, com resultados que já podem ser notados na recuperação da Mata Atlântica”. Esse ganho ambiental, somando-se a outros que decorrerão de programas, como o de recomposição de matas ciliares, trará benefícios para a qualidade de vida da população do Estado.

O governador lembra que os pesquisadores são responsáveis por um importante trabalho, contribuindo para o desenvolvimento do conhecimento científico. Exemplo disso que, recentemente, “um pesquisador do Instituto Florestal identificou e catalogou uma nova espécie da flora, batizada de ‘Aiouea atlantica’, em uma das unidades de conservação do Estado”.

Os pesquisadores do Instituto de Botânica desenvolvem estudos para identificar as espécies mais adequadas para a recuperação de matas ciliares, além de contribuírem para a conservação da flora e preservação das que se encontram ameaçadas de extinção. Alckmin explica que, dos 36 novos pesquisadores, cinco são nível 3, “o que vai permitir um gerenciamento adequado das atividades do instituto, propiciando um atendimento rápido e eficiente às demandas governamentais”. Com o reforço do quadro de pesquisadores, o Estado busca o desenvolvimento científico fundamental para se manter na liderança no campo da pesquisa.

concursos

O Instituto Florestal, que administra uma área de 900 mil hectares de área verde no Estado, conta atualmente com um quadro de 82 pesquisadores científicos, devendo passar a 136 com as 54 novas nomeações de pesquisadores científicos nivel 1. O concurso, com 582 candidatos, teve provas escrita e oral, além da avaliação de títulos, específicas para as treze áreas de especialização.

O professor José Goldemberg, secretário do Meio Ambiente, acredita que as nomeações contribuirão para elevar o nível de qualidade do corpo técnico institucional, pois a maioria dos selecionados possui títulos de mestre ou de doutor. Isso significa que a instituição não terá de investir na formação dos profissionais.

As especialidades para as quais os profissionais foram selecionados são: Conservação e melhoramento genético de essências florestais, Estrutura da diversidade da vegetação, Geoprocessamento e interpretação da paisagem, Geociências, Educação ambiental, Hidrologia florestal, Manejo de áreas silvestres, Manejo de fauna silvestre, Manejo florestal, Economia ambiental, Recuperação de áreas alteradas, Tecnologia de produção de sementes e mudas florestais e Anatomia e qualidade da madeira.

O Instituto de Botânica, em seu concurso, selecionou cinco pesquisadores científicos nível 3 e 31 de nível 1, ampliando seu quadro atual de 62 para 98. Os novos pesquisadores foram selecionados para as áreas de: Diagnóstico da diversidade vegetal e de fungos, Tecnologia de produção de espécies nativas, Unidades de conservação e educação ambiental, Biomonitoramento e recuperação de ambientes terrestres e aquáticos e Ecofisiologia e bioprospecção de espécies nativas.

A direção do instituto entende que a contratação de pesquisadores de nível 3 atenderà às demandas das linhas de pesquisas atuais, voltadas para a conservação da biodiversidade, como recursos genéticos, clonagem, planos de manejo e gestão de unidades de conservação.