Mais uma iniciativa entre o Governo do Estado e o meio universitário promete dar bons resultados. Através de uma parceria com a Universidade Estadual Paulista (UNESP), o Instituto Florestal – órgão vinculado à Secretaria Estadual do Meio Ambiente – acaba de criar o Centro de Estudos em Conservação Marinha (Cemar).
A portaria que cria o núcleo foi assinada no fim de agosto e publicada no Diário Oficial do Estado da última quinta-feira, dia 13.
O Cemar – que está sendo instalado no Campus da Unesp de São Vicente, na Baixada Santista – vai impulsionar a pesquisa em área marinha do Estado de São Paulo e ainda ajudar no manejo das unidades de conservação costeira e marinha. Isso porque o núcleo concentrará todo desenvolvimento dos trabalhos previstos no Programa de Pesquisa e Apoio das Unidades de Conservação Insulares e Litorâneas (Proilhas).
Criado há dois anos para subsidiar técnica e cientificamente as ações de manejo nas áreas marinhas das unidades de conservação estaduais, o Proilhas ainda não tinha um espaço físico próprio. ‘Uma das metas deste programa é aproximar as universidades das unidades de conservação administradas pelo Instituto Florestal localizadas em ilhas ou em zonas litorâneas, abrangendo praias arenosas, costões rochosos e estuários’, explica a coordenadora do Proilhas e diretora do Parque Estadual Marinho da Laje de Santos, Mabel Augustowski.
Além do próprio parque que Mabel administra, o programa vai beneficiar outras seis unidades de conservação: Parque Estadual da Ilha Anchieta, Parque Estadual de Ilhabela, Parque Estadual Ilha do Cardoso, núcleo Picinguaba do Parque Estadual da Serra do Mar, Parque Estadual Xixová-Japuí e a Estação Ecológica Juréia-Itatins.
Outro objetivo do Proilhas é dar apoio às ações que visam o turismo sustentável na região costeira e a regulamentação da atividade pesqueira do litoral paulista relacionada às unidades de conservação.
Por meio do Cemar, acrescenta a coordenadora, pretende-se promover também a capacitação do pessoal que trabalha nas sete unidades conservação, assim como de universitários que pretendem dedicar-se à conservação marinha, tanto em ações relacionadas diretamente às unidades de conservação, quanto em proteção às espécies marinhas ameaçadas de extinção e à sua biodiversidade.
Outro aspecto relacionado ao programa é que o Cemar facilitará a reunião e difusão dos dados científicos sobre as áreas marinhas produzidos pelas universidades, possibilitando um melhor subsídio científico ao manejo das Unidades de Conservação.