Governador participa do Fórum de Ministros de Meio Ambiente da América Latina e Caribe

Entre as propostas conjuntas da região, governador destacou o aumento da produção de energia renovável, como o álcool

sex, 17/05/2002 - 17h05 | Do Portal do Governo


Representantes de países da América Latina e do Caribe reuniram-se, nesta sexta-feira, dia 17, no Memorial da América Latina, em São Paulo, para o último encontro do Fórum de Ministros de Meio Ambiente da região antes da Cúpula Mundial Sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Rio+10), que será realizada de 26 de agosto a 4 de setembro, em Johannesburgo, África do Sul. O governador Geraldo Alckmin participou da reunião, que teve como principal objetivo negociar uma posição conjunta da região na Rio+10.

‘Mais e mais estamos convencidos da relevância dos organismos e das reuniões que objetivem articular posições comuns relativamente a interesses regionais’, afirmou. Por direito da sua população, pelo potencial que oferece, a América Latina e o Caribe não podem ser reduzidos a mera condição de ‘jardim botânico’ do chamado primeiro mundo. Nem tampouco arcar com o ônus do processo predatório que caracterizou o seu crescimento nos últimos dois séculos’, afirmou Alckmin.

De acordo com o governador, o continente quer o desenvolvimento, desde que promova a expansão das atividades produtivas, que se fundamente na justiça e que supere a exclusão social e não comprometa o meio ambiente.

Entre os temas discutidos no encontro, Alckmin destacou a produção de energia renovável. ‘Com isso, poderemos diminuir a poluição, melhorar o meio ambiente e gerar emprego’, afirmou. Como exemplo, ele citou a utilização do álcool combustível. ‘Aqui, temos não só carros a álcool, mas também colocamos álcool na gasolina em percentuais cada vez maiores. Estamos chegando a 25% de álcool na gasolina. Em São Paulo também determinamos que o Governo só pode comprar carros a álcool’, completou.

O governador ressaltou ainda dois componentes da política ambiental paulista: a preservação do que restou da Mata Atlântica e de outros recursos naturais e as medidas tomadas para impedir que as atividades urbanas e industriais gerem poluição que comprometa a qualidade de vida da população.

São Paulo, que concentra grande parte dos remanescentes da Mata Atlântica, mantém 88 parques estaduais numa área de 860 mil hectares, o que corresponde a 3,4% do território do Estado. Como também possui o maior parque industrial do País, dispõe de amplos laboratórios e aproximadamente dois mil homens na Companhia de Tecnologia de Saneamento Básico Ambiental (Cetesb), vinculada à Secretaria do Meio Ambiente, para licenciar e fiscalizar praticamente todos os tipos de atividade industrial.

‘O atual Governo tem se preocupado particularmente com a situação dos mananciais da água fornecida à população da Grande São Paulo e com a poluição dos rios que cruzam a região. Medidas concretas estão sendo tomadas, como o aprofundamento do leito do Rio Tietê e sua despoluição, bem como a do Rio Pinheiros’, destacou Alckmin.
Entre os exemplos de sucesso na área da recuperação do meio ambiente, o governador citou o município de Cubatão, que há 20 anos era chamado de ‘Vale da Morte’ e atualmente é um distrito industrial considerado modelo.

Cíntia Cury