Governador e direção mundial do JBIC vistoriam obras da Calha do Rio Tietê

Aviso de Pauta - Segunda-feira, 28 de fevereiro de 2005

dom, 27/02/2005 - 12h45 | Do Portal do Governo

Nesta segunda-feira, 28 de fevereiro, às 9 horas, o governador Geraldo Alckmin recebe em São Paulo o vice-presidente e diretores internacionais do JBIC – Japan Bank for International Cooperation, financiador de diversos projetos no Estado de São Paulo. O primeiro encontro será nas obras de ampliação da Calha do Rio Tietê, onde eles farão uma navegação para a vistoria dos trabalhos de combate às inundações na Região Metropolitana de São Paulo.

Fazem parte da comitiva japonesa Yoshihiko MORITA, Vice-Presidente mundial, Mitsuo SAKAMOTO, Diretor Geral Adjunto (Development Assistance), Masahiro SHIMOBACHI, Diretor Geral Adjunto (International Finance), Taketoshi AIKAWA, representante chefe do escritório do JBIC no Brasil, Takao ONO, Representante do Escritório do JBIC no Brasil, Tomoo KUSHIBIKI, Diretor Adjunto – International Finance Dep. III, Division II.

O Governo do Estado de São Paulo, em acordo de cooperação bilateral com o Governo Japonês e com investimentos do JBIC – (Japan Bank for International Cooperation), iniciou em março de 2002 a segunda fase do projeto de Ampliação da Calha do Rio Tietê. Esse projeto faz parte do Programa Estadual de Combate às Inundações na Região Metropolitana de São Paulo e está sendo realizado pelo DAEE – Departamento de Águas e Energia Elétrica, autarquia da Secretaria de Energia, Recursos Hídricos e Saneamento do Estado de São Paulo.

As obras, que foram iniciadas com escavações do fundo da calha, já garantiram à cidade de São Paulo zero de inundações – há dois anos o rio não sai do leito mesmo sofrendo fortes chuvas. O Rio Tietê está ganhando uma profundidade média de 2,5 metros, uma base de até 45 metros e o dobro de capacidade de vazão.

Os benefícios vão além do perímetro urbano. Um descarregador de fundo foi construído na altura do “cebolão” para o controle da vazão das águas do Tietê à jusante da cidade de São Paulo. No mesmo ponto, uma outra grande obra vai mudar o perfil de utilização do rio: a primeira eclusa paulistana vai permitir a navegação num trecho de 40 quilômetros, da barragem da Penha à barragem Edgard de Souza, em Santana do Parnaíba. Depois de concluídas as obras, o desassoreamento e transporte de sedimentos do rio será realizado através de barcaças, não mais influenciando no trânsito das marginais.

São visíveis os avanços da obra hoje com 70% do cronograma cumprido. Já estão praticamente concluídas as obras de implantação das defensas das pistas marginais. Foram trocados os antigos e perigosos guard-rails por estruturas do tipo “New Jersey”, que oferecem mais segurança aos motoristas em casos de colisão. Estão sendo também refeitos todos os desemboques de água ao longo de 24,5 quilômetros do rio em área urbana.

Alguns trechos das margens já estão prontos para receber o último tratamento que consta do projeto: o paisagismo. Também a retirada de sedimentos já mostra resultados: dos 6 milhões de metros cúbicos de solos e 800 mil metros cúbicos de rochas previstos, mais de dois terços já estão fora da calha. Além disso, também já foram retirados mais de 120 mil pneus e 11 mil toneladas de lixo e detritos.

O investimento dessa etapa dos trabalhos é de R$ 700 milhões, sendo 75% financiados pelo JBIC (Japan Bank International Cooperation) e 25% pelo Governo do Estado de São Paulo.

A primeira etapa

A primeira fase do projeto, iniciada em junho de 1998 e concluída em dezembro de 2000, aprofundou em 2,5 metros um trecho de 16 quilômetros do rio entre o Cebolão e o início do lago da barragem Edgard de Souza (compreendendo os municípios de São Paulo, Osasco, Barueri, Carapicuíba e Santana do Parnaíba). Nessa fase, a capacidade de vazão do rio Tietê aumentou de 700 para 1180 m³ na altura do Cebolão, de 840 para 1440 m³ na altura de Edgard de Souza e foram retirados 4 milhões de metros cúbicos de rochas e assoreamento.

Ainda durante a primeira fase, foram realizadas outras obras de contenção às enchentes na RMSP: Canalização do rio Cabuçú de Cima; construção dos reservatórios de Paraitinga e Biritiba, pertencentes ao sistema Alto Tietê; construção de reservatórios de contenção (piscinões). A obra custou R$ 137,8 milhões e também foi financiado em 75% pelo Japan Bank Internacional Cooperation – JBIC.


Data: Segunda-feira, dia 28 de fevereiro de 2005
Horário: 9 horas
Local: Av das Nações Unidas – Marginal Pinheiros – km 6 (Cebolão)
Acesso pela rodovia Castelo Branco, sentido Interior – São Paulo