Governador comemora resultado da licitação da Linha 4 do Metrô

Afirmação foi feita nesta quarta-feira, dia 25, após a posse do CONSEA

qua, 25/06/2003 - 16h38 | Do Portal do Governo

O governador Geraldo Alckmin comemorou o resultado da licitação da Linha 4 do Metrô, realizada ontem pela Companhia do Metropolitano de São Paulo. A afirmação foi feita nesta quarta-feira, dia 25, durante coletiva à imprensa, concedida após a posse do Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional, no Palácio dos Bandeirantes.

“Foi uma grande notícia”, enfatizou o governador, ao falar sobre o resultado da licitação. “O processo foi em concorrência aberta, com consórcios do mundo inteiro”, disse ele, explicando que os três vencedores dos três lotes não têm pendência judicial, o que possibilita, dentro do cumprimento dos prazo da lei, assinar o contrato e começar a obra.

Empresas Vencedoras

O consórcio Via Amarela, formado pelas empresas CBPO, OAS, Alstom e Queiroz Galvão, e o consórcio Camargo Corrêa, integrado pela Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez e Siemens, ofereceram o menor preço para a construção da linha 4-Amarela (Butantã – Luz), na fase final da concorrência.

A CBPO Engenharia Ltda., que lidera o consórcio Via Amarela, ofereceu o menor preço para construção do lote 1 (trecho que vai da estação Luz à entrada da estação Fradique Coutinho) e do lote 2 (trecho que interliga a estação Fradique Coutinho à entrada do Pátio Vila Sônia), pelos valores de R$ 868 milhões e R$ 730 milhões, respectivamente.

A construção dos lotes 1 e 2, prevê 12,8 quilômetros de túneis e cinco estações – Butantã, Pinheiros, Paulista, República e Luz. O consórcio Camargo Corrêa apresentou proposta no valor de R$ 220 milhões para construção do lote 3 do pátio de manobras Vila Sônia, em área compreendida entre as avenidas Professor Francisco Morato e Eliseu de Almeida, totalizando cerca de 114 mil metros quadrados.
As obras deverão ser iniciadas no segundo semestre deste ano, com duração prevista de 42 meses.

Importância da obra

Segundo Alckmin, esta é a mais importante linha do metrô de São Paulo, pois integra todas as linhas. “Começa na Luz, passa pela Praça da República, pelo Espigão da Paulista, desce a Avenida Rebouças, faz entroncamento com o trem na Marginal Pinheiros, corta o Rio Pinheiros e vai até a Vila Sônia”, contou o governador, observando que parte dos recursos será proveniente do tesouro paulista e outra parte do Banco Mundial (BIRD). “O contrato já está garantido, são US$ 209 milhões. Falta assinar o contrato de outros US$ 209 milhões com o JBIC, que é um órgão de financiamento do governo japonês, e a segunda parte será feita com o setor privado, pela primeira vez”, argumentou ele.

O financiamento foi encaminhado, há pouco mais de 10 dias, durante a viagem do governador a Washington, onde ele esteve com representantes do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e do Banco Mundial (BIRD), para conversar sobre investimentos em projetos paulistas voltados para a geração de emprego, infra-estrutura e área social.

Linha 4

A linha 4 do Metrô de São Paulo terá 12,8 quilômetros, 11 estações e capacidade para transportar 890 mil passageiros por dia. A primeira fase das obras exigirá recursos de US$ 934 milhões, sendo US$ 194 milhões da iniciativa privada. Dos US$ 740 milhões restantes, US$ 209 milhões virão do Banco Mundial e outros US$ 209 milhões do Japan Bank International Corporation – JBIC. Os US$ 322 milhões restantes são provenientes do Tesouro. As obras devem ser iniciadas no segundo semestre deste ano.

Esta será a primeira linha de metrô a ser construída com a participação da iniciativa privada. Denominado BOT (Build, Operate and Transfer), o modelo de concessão da Linha 4 prevê que o Governo do Estado assuma os custos de infra-estrutura básica. O concessionário ficará responsável pela parte de acabamento, sistemas e material rodante. Como retorno, explorará a operação da linha por 30 anos. Depois desse período, o empreendimento voltará ao Estado.

O custo total do projeto é de US$ 1,262 bilhão, dos quais 60% serão provenientes do Governo do Estado e o restante da iniciativa privada. Na segunda etapa, que terá mais seis estações, a iniciativa privada deverá arcar com os US$ 328 milhões restantes para a conclusão da obra.

Futuramente, a Linha 4 deverá ser estendida até o município de Taboão da Serra, na Região Metropolitana de São Paulo. Quando estiver totalmente concluída, terá 17 quilômetros de extensão, 14 estações e atenderá a uma demanda estimada de 940 mil passageiros por dia.

Gláucia Basile