Geração de Renda: Fabricação de doces agrega valor à produção de assentamento

Matéria-prima é produzida pelas próprias famílias assentadas em Tremembé, no Vale do Paraíba

qui, 27/03/2003 - 17h11 | Do Portal do Governo

Do Grupo de Comunicação do Itesp


Mulheres assentadas de Tremembé, no Vale do Paraíba, estão agregando valor à produção agrícola com a fabricação e comercialização de doces. O trabalho vem sendo realizado há seis meses, depois que a Fundação Instituto de Terras (Itesp), vinculada à Secretaria de Justiça e Defesa da Cidadania, ofereceu cursos de capacitação na fabricação dos produtos.

Elas estão produzindo 30 potes de doces por semana. Cada pote contém 700 gramas. São doces de abóbora, mamão e goiaba, além de geléias de acerola e abacaxi. A matéria-prima é produzida pelas próprias famílias assentadas.

O trabalho das mulheres do assentamento é organizado em várias equipes. Além do grupo de conservas, encarregado da produção dos doces, há equipes que produzem temperos e marmitex, outras que processam os produtos orgânicos do assentamento e um grupo que produz pães com o kit de panificação doado pelo Fundo Social de Solidariedade do Estado – Fussesp.

Além de agregar valor à produção do próprio assentamento, a iniciativa cria novas alternativas de geração de renda. Toda a renda da comercialização, feita de porta em porta no município de Tremembé, é reinvestida no negócio.

Orgânicos

São do assentamento Conquista as primeiras famílias assentadas a conseguir a certificação de produção orgânica no Estado de São Paulo. Os documentos foram emitidos no ano passado pela Apan (Associação dos Produtores de Agricultura Natural).

A substituição de insumos químicos por produtos naturais tem sido incentivada pelo Itesp, entidade vinculada à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania, como forma de aliar a preservação ambiental à inserção competitiva dos produtores no mercado.

Em Tremembé, o trabalho é feito em parceria com a organização não-governamental Oisca (Organization for Industrial, Spiritual and Cultural Advancement). Os resultados alcançados despertaram o interesse de pequenos e médios agricultores da região, que têm visitado o assentamento para conhecer as técnicas utilizadas.

(RK)