Genética: Equipe da USP corrige defeitos genéticos em células de um tipo raro de câncer

O DNA pode se quebrar ou ser copiado de maneira diferente da receita original

seg, 30/12/2002 - 16h50 | Do Portal do Governo

Às vezes, o professor Carlos Menck provoca os alunos com a seguinte pergunta. O que surgiu primeiro: a molécula de DNA, portadora do material genético dos seres vivos, ou o mecanismo de reparo do DNA? Questões como essa não apenas intrigam e divertem esse pesquisador do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da Universidade de São Paulo. Também o levaram a obter avanços conceituais e aplicados: ajudaram a elucidar os mecanismos de sobrevivência da célula e, ao mesmo tempo, mostraram formas de corrigir defeitos genéticos que surgem em algumas células quando falham os dispositivos de reparo – e como resultado aparece o câncer.

Dos achados, resultaram uma série de artigos recentes, publicados em revistas de alto impacto científico, e algo raro para um pesquisador brasileiro: o convite para escrever um comentário acerca de uma pesquisa sobre genes de reparo feita por um grupo holandês, que saiu na edição da novembro da Nature Genetics .

Contida no núcleo de todas as células vegetais e animais, a molécula de ácido desoxirribonucléico não é das mais resistentes. A todo momento, quando as células se multiplicam, de modo a permitir a substituição da pele queimada pelo sol ou o crescimento das folhas, o DNA pode se quebrar ou ser copiado de maneira diferente da receita original. Altera-se também por ação da luz solar, por reações químicas ou mudanças no equilíbrio químico no interior da célula.

Carlos Fioravanti – Revista Fapesp


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