Coletar e processar mensalmente mais de 20 mil bolsas de sangue para abastecer 300 hospitais da Região Metropolitana de São Paulo. Esse é o desafio diário da Fundação Pró-Sangue, que se agrava entre dezembro e fevereiro.
Devido à temporada de férias, aumenta-se o número de acidentes e os doadores se afastam dos postos de coleta ficando difícil manter os estoques.
No Brasil, a doação vinculada – feita para repor a quantidade de sangue utilizada no tratamento de um parente ou amigo – predomina com cerca de 70% das doações totais.
Segundo o Dr. Marcelo Cliquet (foto), chefe da Divisão de Medicina Transfusional da instituição, falta no povo brasileiro uma cultura para a doação de sangue. ‘Pelo fato do País nunca ter passado por tragédias e guerras, como as que massacraram a Europa, nosso povo acabou não desenvolvendo esse hábito’, comenta. A Pró-Sangue detém um número inédito: 60% dos doadores hoje são voluntários, graças à divulgação dos meios de comunicação e às coletas externas da equipe móvel em empresas, faculdades, instituições e comunidades.
Carnaval de solidariedade
Os postos de coleta estarão abertos em todo o feriado para quem quiser e puder doar sangue, um gesto rápido, simples e seguro. Todo material utilizado na coleta do sangue é descartável, fato que elimina qualquer risco de contaminação para o doador.
O processo da doação de sangue é constituído pelas seguintes etapas: cadastro, teste de anemia, sinais vitais, triagem clínica, voto de auto-exclusão e coleta de sangue. Em todo esse processo o doador gastará cerca de 30 minutos, sendo 10 minutos destinados apenas para a coleta de 450 ml de sangue em uma bolsa de uso único e estéril, totalmente segura.
Após a coleta e resultado de 13 exames (Chagas, sífilis, HIV, Hepatites B e C, ALT e Anti-HTLV-I / II), as bolsas são transferidas para os estoques da Pró-Sangue à disposição de 300 hospitais da Região Metropolitana de São Paulo.
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