No exercício, realizado na estação Clínicas do Metrô, foi simulado o uso do desfibrilador em conjunto com técnicas de ressuscitação cardiopulmonar.
No exercício, realizado na estação Clínicas do Metrô, foi simulado o uso do desfibrilador em conjunto com técnicas de ressuscitação cardiopulmonar.
A previsão é de treinar 2.500 funcionários para utilizar os equipamentos, e ter os aparelhos nas estações até o final deste ano.
O Metrô realizou, nesta segunda-feira, dia 25, na estação Clínicas, com a presença do governador Geraldo Alckmin, o primeiro simulado de atendimento com desfibrilador.
O evento foi a primeira ação prática do acordo firmado entre o Metrô e o Instituto do Coração (Incor) para implantação do atendimento em toda a rede metroviária.
O convênio prevê a cooperação para instalação dos desfibriladores em estações. Na primeira fase, o Incor vai treinar funcionários da empresa e ajudar nos estudos para definição da estrutura de atendimento. A previsão é treinar 2.500 funcionários para utilizar os equipamentos, e ter os aparelhos nas estações até o final deste ano. O investimento do metrô nesta fase é de R$ 145 mil.
Alckmin destacou a importância do convênio. “O Metrô transporta diariamente 2,5 milhões de passageiros e registra cerca de 1,2 mil casos de mal súbito, de origem variada, por mês. Com esse convênio esperamos capacitar todos os funcionários até o mês de junho e o InCor está orientando o Metrô no número de desfibriladores necessários”, comentou. O governador informou que a licitação para a compra dos equipamentos vão ser abertas imediatamente. “Vamos comprar no mínimo 52 aparelhos”, disse.
Adilson dos Santos, jogador de basquete, elogiou a iniciativa. No último dia 4, ele sofreu uma parada cardiorrespiratória, decorrente de fibrilação ventricular, que foi revertida com equipamento automático de desfibrilação. “Um professor de Educação Física que tinha acabado de fazer um curso avançado de ressuscitação me socorreu. Graças ao desfibrilador e ao ótimo atendimento estou aqui para apoiar esta parceria”, disse.
Estiveram presentes, além do governador Geraldo Alckmin, o secretário dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, da Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata, e o presidente do Metrô, Luiz Carlos David.
Emergência
A implantação deste tipo de atendimento nas estações atende à lei municipal nº 13.945, de 7 de janeiro deste ano, que tornou obrigatória a manutenção de desfibriladores em locais por onde circulem 1.500 pessoas ou mais por dia.
Segundo o Incor, a morte súbita causada por problemas cardíacos é a principal causa isolada de mortes no mundo. A maioria das mortes acontece em função de alterações do ritmo cardíaco, com destaque para a chamada fibrilação ventricular, responsável por 60% a 85% das paradas cardíacas antes da chegada ao hospital.
O único tratamento eficaz para reverter a fibrilação é aplicar um choque elétrico com o desfibrilador. Se o choque não for realizado em dez minutos, a chance de sobrevivência da vítima é praticamente zero.
Macedo Júnior
