Fórum São Paulo: Governos paulista e espanhol estudam a implantação de u

A idéia é implantar uma ligação ferroviária a partir de Campinas, passando por Jundiaí e chegando até a estação Barra Funda

qui, 18/09/2003 - 17h30 | Do Portal do Governo

Durante a cerimônia de encerramento do Fórum São Paulo Governo Presente, em Campinas, nesta quinta-feira, dia 18, o governador Geraldo Alckmin autorizou assinatura de termo de cooperação com o Governo Espanhol, para o fornecimento do estudo da viabilidade do investimento e a elaboração do plano de negócios para a implantação do Trem Rápido, no trecho Campinas-São Paulo. “O estudo deverá ficar pronto em cerca de oito a dez meses”, afirmou.

Alckmin destacou que, atualmente, a ferrovia existente na região transporta exclusivamente carga. Também enfatizou que o transporte de carga vem crescendo no Estado. “Há cinco anos, 5% das cargas chegam por ferrovias. Hoje, são 22%”, disse. Ele lembrou ainda que os trens da CPTM e Metrô, juntos, transportam aproximadamente quatro milhões de pessoas diariamente em São Paulo.

E compeltou: “Precisamos ser realistas. O Estado não terá dinheiro no Tesouro para uma obra como essa. Esse é o caso típico de parceria Público-Privada, o chamado PPP”, disse. Ele lembrou que o Governo paulista conta com outros projetos em parceria com a iniciativa privada, como a Linha Integração do Metrô.

O secretário dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, destacou a importância do termo de cooperação. Segundo ele, a intenção do Governo paulista com esse termo de cooperação é propiciar um bom negócio para a iniciativa privada, fazendo uma análise de qual seria a tarifa suportável e atrativa para o mercado de usuários. “Se o Estado entrar com custo zero, o problema estará resolvido. Mas caso contrário, se tiver que colocar recursos, teremos que colocar em discussão com o orçamento”.

O trem rápido entre Campinas e São Paulo constitui-se um requisito essencial para integrar todo o chamado Complexo Metropolitano Expandido de São Paulo, que inclui não só as três regiões metropolitanas, como também as regiões do Vale do Paraíba, Sorocaba e Jundiaí. Nesse complexo de cerca de 100 cidades, que ocupam apenas 0,5 % do território nacional, produz-se quase 30% do PIB brasileiro.

Cíntia Cury / Macedo Júnior