São Paulo – Ainda neste mês de abril, o Governo do Estado deve assinar o contrato para a execução da segunda fase do Projeto Tietê. A informação foi dada pelo governador Geraldo Alckmin nesta quarta-feira, dia 10, durante a cerimônia que marcou o início da segunda etapa do rebaixamento da calha do rio Tietê.
Projeto Tietê
O Projeto Tietê, realizado pela Companhia de Saneamento Básico do Estado (Sabesp), amplia a rede de esgotos para reduzir poluição nos rios e melhorar a qualidade da água nas represas Billings e Guarapiranga.
Alckmin explicou que a segunda fase desse projeto permitirá a ampliação da coleta de esgoto na Região Metropolitana de 80 para 95% das residências. “Serão mais 800 quilômetros de rede com investimentos de U$S 400 milhões”, afirmou.
Rebaixamento da calha do Tietê
O rebaixamento da calha do rio Tietê, realizado pelo Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), vai impedir a inundação das marginais da cidade de São Paulo durante fortes chuvas. Na área de combate a enchentes, Alckmin informou que o Governo do Estado já entregou oito piscinões, sendo seis no rio Tamanduateí e dois no Pirajussara.
Até o final deste ano, segundo o governador, outros oito estarão concluídos e já existem mais dois em processo de licitação. “Esses piscinões são as várzeas modernas porque São Paulo se tornou uma cidade extremamente impermeabilizada pela colocação de asfalto em locais onde eram as várzeas dos rios”, detalhou.
De acordo com Alckmin, este rebaixamento iniciado hoje vai permitir que o rio suporte chuvas de até 80 metros cúbicos por segundo. “Atualmente uma chuva de 50 metros cúbicos por segundo é suficiente para causar o transbordamento do rio, alagando as marginais”, explicou. Informações técnicas revelam que chuvas com 80 metros cúbicos por segundo são raras. Acontecem apenas a cada 25 anos aqui em São Paulo. O combate a enchentes é um dos assuntos que o governador paulista vai discutir com o presidente Fernando Henrique Cardoso na tarde de hoje, em Brasília.
Rogério Vaquero
