(Flash) – Governo do Estado inicia em janeiro testes com 15 ônibus híbridos

Com motores diesel e elétrico, irão operar em condições comerciais durante um ano, no corredor Parque D. Pedro II - Sacomã

qui, 04/12/2003 - 11h20 | Do Portal do Governo

O Governo do Estado inicia em janeiro – em conjunto com a prefeitura de São Paulo, testes com 15 ônibus híbridos, com motores diesel e elétrico, operando em condições comerciais durante um ano, no corredor entre o Parque D. Pedro II e o Sacomã. Com essa finalidade, foi assinada na manhã desta quinta-feira, dia 4, no Palácio dos Bandeirantes, a resolução que cria o Programa de Ônibus Híbrido em São Paulo.

A resolução envolve as secretarias do Meio Ambiente, Transportes Metropolitanos e Ciência, Tecnologia, Desenvolvimento Econômico e Turismo, que farão o acompanhamento dos testes, avaliando os aspectos ambientais, operacionais e financeiros dos veículos. A Prefeitura de São Paulo participa do programa por meio da SPTrans.

Um ônibus híbrido, com um motor diesel de 80 HP, que gera a energia elétrica para o motor principal de 260 HP, foi apresentado durante a solenidade. O veículo, fabricado pela Eletra, em São Bernardo do Campo, com tecnologia inteiramente nacional, custa aproximadamente US$ 100 mil, sendo 5% mais barato que um trolebus e 30% mais caro que um ônibus convencional, com motor diesel.

Um protótipo desse veículo já circula em Santiago, no Chile, além de outros três (EMTU e SPTrans) na Grande São Paulo. Segundo o fabricante, o ônibus híbrido apresenta um nível de ruído comparável ao dos trolebus, emite 60% menos poluentes que um veículo convencional diesel, com um custo operacional 30% menor, e tem vida útil de 15 anos, semelhante à dos ônibus elétricos.

Alckmin, secretários e um grupo de jornalistas andaram no ônibus híbrido, que saiu do Palácio dos Bandeirantes e foi até o estádio do São Paulo. Sobre o novo veículo, o governador ressaltou o conforto do ônibus que não dá o tranco de um ônibus comum, além de possuir ar-condicionado. “Além de ser adaptado aos portadores de necessidades especiais, o ônibus tem um degrau que se abaixa para receber o usuário”, detalhou. Ele ainda ressaltou a importância da questão ambiental e tecnológica do veículo. “Isto pode ser uma revolução se trocar o diesel por eletricidade sem depender do cabo, que era o problema dos trolebus. Quando escapava parava o trânsito e causava transtornos”, falou.

Valéria Cintra