São Paulo – Identificar os gargalos que impedem o crescimento do agronegócio brasileiro, e de que forma enfrentar questões internacionais, como as barreiras tarifárias e fitosanitárias, são alguns dos assuntos abordados na conferência ‘Agro-Brasil 2004: Desafios e Oportunidades’, que está sendo realizado nesta segunda-feira, dia 22, no Hotel Renaissance, e contou na abertura com a presença dos governadores de São Paulo, Geraldo Alckmin, do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto, e de Goiás, Marconi Perillo.
Rigotto disse que este é o momento do Brasil se colocar firmemente para fazer frente a situações que distorcem o mercado internacional. “Somos competitivos, temos condições de ganhar mais mercados e, às vezes, não ganhamos devido à estas barreiras”. Também citou a necessidade do Governo Federal investir no setor de logística para que se possa armazenar os produtos do agronegócios.
O governador Marconi Perillo reclamou da falta de investimentos nas estradas federais. Segundo ele, só em Goías, oito rodovias estão em estado precário. “É preciso garantir o escoamento da produção agrícola através de rodovias mais bem equipadas.” Perillo citou ainda a necessidade de se investir em novos ramos ferroviários e hidroviários.
Geraldo Alckmin destacou que o setor de agronegócios brasileiro cresceu em 2003 mais de 6% do PIB, sendo responsável pelo superávit da balança comercial. “Muitas vezes as pessoas não se atentam e acham que São Paulo e só indústria, comércio e serviços, mas a agropecuária responde por 4% e o agronegócio por 40% do PIB paulista. O governador de São Paulo ainda observou que o Brasil precisa aproveitar o bom momento do cenário econômico internacional para gerar mais emprego e renda para o País. Como uma das ações do Governo paulista para alavancar as exportações, citou a criação do Cericex – Conselho Estadual de Relações Internacionais de Comércio Exterior e do Call Center, central de atendimento que tira as dúvidas sobre exportações dos micro e pequenos empresários.
Valéria Cintra
(AM)
