Com o objetivo de orientar os consumidores sobre as compras de produtos para a ceia de Natal, a Fundação Procon-SP, órgão vinculado à Secretaria da Justiça do Governo do Estado de São Paulo, realizou, no início do mês de dezembro, um levantamento dos produtos: carnes, panetones, frutas secas e enlatadas, comercializados em 10 estabelecimentos comerciais nas regiões Centro, Norte, Sul, Leste e Oeste da Capital.
O estoque reduzido de produtos natalinos nas redes de supermercado, ocasionado por uma demanda menor por parte dos consumidores até o momento, ou porque as redes varejistas não haviam ainda colocado tais produtos à venda e, ainda, pela presença de diversas marcas menos conhecidas, concorrendo com as líderes de mercado, dificultou a tradicional pesquisa comparativa de preços deste ano.
Como exemplo, podemos citar o Tender – Presunto Tenro sem Osso, da marca Perdigão, que apresentou uma variação de 61% entre o menor preço, R$ 14,90 o kg, e o maior, R$ 23,94 o kg, só encontrado em quatro dos 10 estabelecimentos pesquisados.
Entre os panetones, a maior diferença foi de 52% (R$ 1,53 em valor absoluto) para o panetone tradicional, fabricação própria, de 500g, que apresentou maior preço de R$ 4,48 (Wal Mart – Barra Funda/Oeste) e menor preço de R$ 2,95 (Carrefour – Vila Maria/Norte).
A segunda maior diferença entre os panetones foi de 48% (R$ 2,90 em valor absoluto) para o panetone tradicional, fabricação própria, de 1kg, que teve como maior preço R$ 8,90 (Pastorinho –Vila Maria/Sul) e menor, R$ 6,00 (Sonda – Turiassu/Oeste).
Com relação às frutas em calda, foi constatado que, devido à diversidade de marcas, qualidade e o peso das embalagens (latas), seria inviável fazer uma comparação adequada dos preços praticados pelos supermercados assim, os valores foram calculados pela média peso x preço.
Desta forma, o preço do kg do pêssego em calda sem caroço apresentou variação de 146% entre o menor preço, R$ 5,80, e o maior, R$ 14,24. O abacaxi em calda, variou 147% entre o menor preço, R$ 5,03 e o maior, R$ 12,40.
Com variação de preços tão grande e, considerando que as embalagens apresentadas pela indústria têm seu peso drenado variando de 400 a 565 gramas, os técnicos do Procon-SP chamam a atenção dos consumidores para: a importância de uma pesquisa cuidadosa de preços; ficar atento às informações contidas nos rótulos (em português), em especial, peso, data de fabricação e prazo de validade e, por fim, verificar o estado das embalagens, que não podem estar amassadas, estufadas ou enferrujadas, pois nestes casos poderão comprometer a qualidade do produto.
Na coleta dos preços de frutas secas (nozes, castanha do Pará, uva passa etc.), foi observado que a oferta não é homogênea.
A castanha do Pará com casca só foi encontrada em dois supermercados, com diferença de preço por kg de 209% entre os dois. Já o mesmo produto sem casca foi encontrado em cinco supermercados, apresentando diferença de preço de 27% por kg.
As nozes com casca foram encontradas em seis estabelecimentos, com diferença de até 68%, sendo R$ 19,98 por kg o maior preço encontrado e, o menor, R$ 11,90 por kg. Nozes sem casca tiveram variação de preço de 23%, sendo o maior R$ 45,90 por kg e o menor, R$ 37,18 por kg, variando a procedência e a qualidade.
Uvas passas brancas (sem sementes) foram encontradas em oito supermercados com diferença de até 155%, variando de R$ 7,80 a R$ 19,90 o kg. Uvas passas pretas (sem sementes), tiveram variação de 101%, com preços variando de R$ 5,43 a R$ 10,90 o kg, de diferentes procedências e qualidade.
Os técnicos do Procon-SP orientam no sentido de que, considerando fatores como oferta irregular, grande variação de marcas, qualidade e preços entre os diversos estabelecimentos pesquisados, o consumidor deve pesquisar preços levando em conta a qualidade, quantidade, marcas de sua preferência e, no caso das frutas secas, procurar substitui-las por frutas frescas da época.
A Fundação Procon-SP coloca o resultado do levantamento à disposição dos interessados para consulta nos postos de atendimento pessoal (Poupatempo Sé, Santo Amaro e Itaquera) o pelo telefone 3824.0446). Pela Internet, a coleta pode ser consultada no endereço: www.procon.sp.gov.br.
C.A
