Fim do racionamento de água no Sistema Alto Cotia

Cerca de 300 mil moradores da Grande São Paulo Oeste terão abastecimento normal a partir desta quinta-feira, dia 17

qua, 16/01/2002 - 19h55 | Do Portal do Governo

O racionamento de água no sistema Alto Cotia, que atinge as cidades de Embu, Embu Guaçu, Itapecerica da Serra e Cotia, termina amanhã, dia 17. Cerca de 300 mil pessoas atingidas pelo controle adotado pela Sabesp, de 48 horas com água e 36 horas sem, desde abril de 2001, voltarão a ter abastecimento normal.

O anúncio da suspensão do racionamento foi feito nesta quarta-feira, dia 16, pelo governador Geraldo Alckmin. ‘A água das chuvas trouxe esse benefício. Os reservatórios já estão bem cheios e não há mais razão para o racionamento. Agora temos de cuidar do problema das enchentes em algumas regiões’, disse Alckmin, lembrando que o sistema Alto Cotia foi o único que entrou em racionamento no ano 2001.

O vice-presidente da Sabesp, Antônio Marsiglia, explicou que a Região Metropolitana passou por dois anos seguidos de forte estiagem, que prejudicou o abastecimento.
‘Falta de chuva como essa só acontece a cada 65 anos’, disse. O período foi considerado o mais seco dos últimos 87 anos, com um déficit de chuvas superior a 42%.

Se o racionamento não tivesse sido adotado, o Sistema Alto Cotia poderia ter entrado em colapso em julho do ano passado, pois os mananciais levam até dois anos para alcançar níveis de recuperação adequados. Durante esse período, o abastecimento público na região seria impossibilitado. A região de Cotia e Embu, inclusive, é uma das que apresenta maior crescimento demográfico na Grande São Paulo.

Marsiglia destacou que a empresa está investindo na ampliação da capacidade dos sistemas de abastecimento e dos mananciais para evitar novos racionamentos.
‘Queremos aumentar a segurança de tal forma, que mesmo que haja uma estiagem forte seja possível transferir de um sistema para o outro com facilidade’, informou.

Ele lembrou que com as obras de incorporação do sistema Taquacetuba (braço da represa Billings) para o sistema Guarapiranga foi possível evitar o racionamento este ano no sistema Guarapiranga. ‘A medida também possibilitou que o sistema Guarapiranga ajudasse o Cantareira, que estava em situação crítica, evitando outro racionamento’, observou.

A veiculação das campanhas de conscientização também foram importantes, pois permitiram a economia de 7,1 bilhões de litros de água desde o início do racionamento, que equivalem a 50% da capacidade total do manancial.

Rogério Vaquero