FHC e Alckmin participam da inauguração da Toyota em Indaiatuba

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qui, 13/06/2002 - 15h40 | Do Portal do Governo


Capacidade de produção da fábrica será aumentada de 15 mil para 57 mil unidades por ano. Com este volume, Brasil passará a ser base de produção e exportação da montadora japonesa em toda a América do Sul, Central e Caribe.

O setor automotivo no Estado de São Paulo continua em franco crescimento. Nesta quinta-feira, dia 13, o presidente Fernando Henrique Cardoso e o governador Geraldo Alckmin, participaram da inauguração da expansão da fábrica da Toyota, em Indaiatuba, região de Campinas. No evento também foi lançado o novo modelo Corolla, produzido nesta unidade industrial, que será a base de exportação para 21 países latino-americanos, gerando mil empregos diretos, além dos indiretos.

A placa e a fita de inauguração foram descerradas por Fernando Henrique e Alckmin, acompanhados do presidente da Toyota do Brasil, Hiroyuki Okabe, e do vice-presidente mundial da empresa, Kossuke Ikebuchi.
“São US$ 300 milhões de investimento produtivo que dobra a fábrica da Toyota em São Paulo, triplica a produção de automóveis e dobra a exportação da marca”, disse o governador. Ele destacou que só nesta semana três novas unidades industriais estão sendo inauguradas em São Paulo – ontem foi a terceira fábrica da Embraer em Gavião Peixoto, hoje a da Toyota e amanhã, será a ampliação da fábrica da Unilever, em Valinhos.

Referindo-se à importância das exportações, Alckmin disse que o Porto de Santos vem concluindo seu processo de regionalização para melhorar ainda mais sua eficiência. Ele ainda destacou que outro grande canal para o comércio exterior, é o sistema Anchieta-Imigrantes, que terá a pista Imigrantes duplicada até dezembro. Outro meio de transporte de relevância é o Rodoanel. “Dentro de 90 dias fica pronto o trecho até a Régis Bittencourt, ligando as rodovias Anhangüera, Bandeirantes, Castello Branco e Raposo Tavares”. A obra vai interligar-se com as vias Anchieta e Imigrantes, passando pelo Porto de Santos.

O presidente Fernando Henrique lembrou que quando assumiu o Governo, há sete anos e meio, o Brasil produzia automóveis apenas em São Paulo e em Minas Gerais. “Hoje, todas as filiais das fábricas automotivas de São Paulo se expandiram e estamos produzindo no Paraná, Rio Grande do Sul, Goiás, Rio de Janeiro e Bahia”, disse o presidente. “Isto mostra que estamos produzindo aqui no Brasil uma base de produção automotiva mundial. Podemos produzir 3 milhões de unidades por ano”, observou.

Fernando Henrique afirmou que o fluxo de investimentos no Brasil surpreende mesmo nos momentos de crise, como foi no ano passado. Ele lembrou que o País recebia entre US$ 1 e 2 bilhões de investimentos produtivos direto por ano. “Hoje, recebemos uma média de US$ 2 bilhões por mês”, acrescentou. O presidente falou que nestes primeiros quatro meses o País recebeu aproximadamente US$ 7 bilhões. “No ano passado, mesmo com toda crise mundial provocada pelos atentados terroristas nos Estados Unidos, recebemos mais US$ 20 bilhões”, disse.

Corolla é um dos projetos chaves para aumentar a participação da
montadora japonesa nos mercados mundiais onde atua

O Corolla é o carro mais vendido na história da indústria automobilística mundial. Atualmente, a marca é produzida em 15 países, inclusive no Brasil, e comercializada em mais de 140 países.

Até o final do ano, as vendas do Corolla irão somar mais de 30 milhões de unidades, o que dá ao produto o título mundial de vendas. O modelo é produzido no Brasil desde 1998 no município de Indaiatuba. O veículo é um dos projetos chaves na estratégia da Toyota para aumentar significamente a participação nos mercados mundiais onde atua.

A capacidade de produção da fábrica será aumentada de 15 mil para 57 mil unidades por ano. Com este volume, o Brasil passará a ser base de produção e exportação da Toyota em toda a América do Sul, Central e Caribe.

Durante o evento a Toyota doou um carro Corolla para a secretaria da Segurança Pública. As chaves foram entregues ao governador Geraldo Alckmin que cumprimentou os funcionários e plantou uma árvore na solenidade.

Também participaram do evento os ministros de Desenvolvimento e Comércio Exterior, Sérgio Amaral, dos Transportes, João Henrique de Almeida Sousa, e o secretário estadual de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico, Ruy Altenfelder.

Num clima descontraído, Alckmin cogitou a possibilidade do Brasil vir a jogar com o Japão na final e observou. “Independente do resultado o Brasil e a Toyota jogam no mesmo time para o desenvolvimento do nosso país”.

Takao Miyagui/Valéria Cintra