O Governo espanhol doou para o Estado de São Paulo um estudo de viabilidade no valor de R$ 1 milhão para a instalação do trem que ligará as regiões metropolitanas da Capital e de Campinas. O estudo analisa aspectos técnicos, econômicos e financeiros para a instalação do sistema ferroviário que transportará passageiros e pequenas cargas entre os aeroportos internacionais de Viracopos e de Guarulhos. Cinco empresas espanholas estão participando da licitação para a realização do estudo.
O novo trecho ferroviário terá entre 90 km e 100 km de extensão, com uma parada em Jundiaí para embarque e desembarque de passageiros. O tempo total da viagem será de 50 minutos e a velocidade média dos trens será entre 140 e 160 km/h. A previsão é que o intervalo entre as composições seja entre 15 e 20 minutos. Os vagões terão ar condicionado e serviço de bordo.
A ferrovia terá o traçado construído entre as Rodovias Anhangüera e Bandeirantes. Será terrestre na sua maior parte, com trechos de embarque e desembarque aéreos ou subterrâneos. Cada vagão transportará 60 passageiros sentados. O percurso se inicia em Campinas, em local ainda a ser definido, faz uma escala obrigatória em Jundiaí e termina na estação Barra Funda em São Paulo.
Na capital, o usuário terá acesso ao sistema metroferroviário e ao Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, por meio do Expresso Aeroporto, cujo projeto está em andamento pela Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).
Segundo Jurandir Fernandes, secretário estadual dos Transportes Metropolitanos, a ferrovia será explorada pela iniciativa privada, e a concessão segue o modelo das rodovias paulistas privatizadas.
‘Durante um período entre 25 e 40 anos, o parceiro privado irá explorar o trecho e vender as passagens. Quem apresentar a melhor proposta e onerar menos o Estado, ficará com a concessão’, explica.
Prazos
O projeto tem custo estimado entre US$ 600 milhões e US$ 700 milhões. A previsão de construção da linha é de seis a oito anos. ‘A intenção é interligar, no futuro, não apenas as regiões metropolitanas de São Paulo, Baixada Santista e Campinas, mas também as do Vale do Paraíba, Sorocaba e Jundiaí’, explica.
‘Os fabricantes nacionais são capazes de construir os trens e a ferrovia no País. Com novos pedidos, as empresas serão capazes de reduzir custos, treinar pessoal e difundir ainda mais o transporte ferroviário no Brasil’, ressalta Fernandes.
De Rogério Silveira, da Agência Imprensa Oficial
C.C.