Febem: Personalidades do mundo do esporte prestigiam a retomada da Fábrica de Bolas

Aviso de Pauta - Terça-feira, dia 12, às 11 horas

seg, 11/08/2003 - 16h58 | Do Portal do Governo

Suspenso durante um ano, o projeto da Fábrica de Bolas é retomado e pretende produzir 8.000 unidades. Cerca de 300 adolescentes do complexo do Tatuapé desenvolverão o projeto com bolsa educativa.

Uma nova parceria entre a Febem e o Ministério do Esporte e Turismo permitiu a retomada do projeto ‘Pintando a Liberdade’, em que adolescentes internados no complexo da Febem no Tatuapé fabricam bolas oficiais de futebol de campo, futsal e voleibol. A fábrica será reativada oficialmente neste dia 12 de agosto, às 11 horas, no Complexo do Tatuapé.

A reinauguração será realizada pelo presidente da Febem, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, com a presença do secretário de Estado da Educação, professor Gabriel Chalita. O evento também terá a presença de Geninho, técnico do Corinthians, dos jogadores Gil e Cleber, do Corinthians, e do Dr. Marco Aurélio Cunha, diretor médico do São Paulo Futebol Clube.

A Fábrica de Bolas funcionará na Escola Profissionalizante Marina Vieira de Carvalho Mesquita, localizada no Complexo Febem do Tatuapé. O projeto está instalado em duas salas, uma delas equipada com máquina de corte, compressor e mesa de pintura, e outra reservada para costura das bolas.

O projeto prevê a fabricação de 8.000 bolas, que serão distribuídas nas unidades da Febem e nas escolas públicas do Estado, em forma de kits. Cada kit contém cinco bolas de futebol de campo, três bolas de futsal e três bolas de voleibol.

Foram selecionados 20 adolescentes internados para trabalhar na oficina. O critério de seleção foi o de terem concluído o ensino formal ou os cursos profissionalizantes. Os adolescentes poderão desenvolver as atividades em dois períodos: integral com uma bolsa educativa de R$ 100,00, ou em meio período, com uma bolsa de R$ 50,00. Esses adolescentes serão incumbidos de laminar a lona, cortar o couro em gomos, pintar os gomos e colar os bicos das bolas.

A oficina de costura de bolas funcionará com cerca de 300 adolescentes, distribuídos em turnos, que receberão R$ 2,00, por bola costurada, também a título de bolsa educativa. Todo o processo de costura será monitorado por dois ex-internos que já participaram da primeira implantação do projeto de fabricação de bolas. Eles receberão salário de R$ 450,00, mais condução, além de servirem como multiplicadores de costureiros de bolas.

Segundo o diretor da escola profissionalizante, Márcio Biscuola de Morais, os adolescentes terão que se dirigir até a oficina para realizar esta atividade. Terão folha de ponto e todo um ambiente de trabalho com regras e horários.

No Brasil, as bolas oficiais produzidas pelas grandes empresas do ramo são costuradas fora do país.

Histórico – O projeto ‘Pintando a Liberdade’ foi implantado pela primeira vez na Febem/SP em 26 de julho de 2000, com vigência até 31 de maio de 2002, no Complexo Franco da Rocha, para 300 adolescentes do sexo masculino na faixa etária entre 16 e 18 anos. As bolas eram costuradas na própria unidade. Mas, após uma rebelião, o projeto foi transferido para o Quadrilátero do Tatuapé.

Foi uma parceria entre a Fundação do Bem-estar do Menor e o Instituto para o Desenvolvimento do Esporte, departamento subordinado ao Ministério do Esporte e Turismo, com investimento de R$ 145.800,00.

Objetivava-se na confecção de 10.000 bolas (futebol de campo, futsal e voleibol), das quais 7.500 teriam como destino as escolas públicas e 2.500 as unidades da Febem. O projeto não chegou a ser concluído. Foram produzidas 6.017 bolas e atendidas 90 escolas.

O projeto tinha sido criado para atender o público das penitenciárias (no sistema carcerário, a participação dos presos no projeto resultava na possibilidade de conversão de dias de trabalho em desconto do cumprimento da pena). No entanto, o sistema que orienta o cumprimento de medidas socioeducativas da Febem difere muito do sistema penal, e o projeto não se revelou, na época, adequado para o atendimento ao público adolescente.

A intenção era manter os jovens num abiente de produção, com acompanhamento e responsabilidades, e asim despertando para suas potencialidades laborativas e gerenciais, dando margem à construção de planos de vida nos quais não houvesse espaço para a reincidência do delito.

Aspectos positivos do projeto

O secretário estadual da Educação, professor Gabriel Chalita, enumera pelo menos três pontos extremamente positivos na realização do projeto: ‘Os jovens internos podem elevar a sua auto-estima por meio de resultados concretos do seu próprio trabalho.

As próprias famílias dos adolescentes envolvidos podem colher benefícios da bolsa educativa, muitas até viabilizando a realização de visitas nos finais de semana, que de outra forma não conseguiriam em vista de situação financeira desfavorável. E ganham também os alunos e pais de alunos das escolas públicas de todo o Estado, porque além de ver melhorado o seu arsenal esportivo, têm a chance de conhecer melhor o trabalho de educação profissional desenvolvido pela Febem.’

O secretário Chalita considera que, sendo as escolas instituições por excelência dedicadas à multiplicação a informação, tornam-se importantíssimas para facilitar a aproximação de novos parceiros para a Febem.

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