Levantamento realizado pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente detectou que na última década houve recuperação de 126,6 mil hectares de área verde no território paulista.
No Dia da Ave, que será comemorado no próximo dia 5, essa é a melhor notícia que o Governo do Estado pode oferecer a beija-flores, sabiás, bem-te-vis, araras, pavós, tucanos, papagaios e tantas outras espécies silvestres que têm a floresta como hábitat natural.
De acordo com o Decreto Estadual 42.338/98, 163 espécies de aves ainda estão ameaçadas de extinção no território paulista. A destruição de hábitat ocasionada pela redução da cobertura florestal verificada no passado é a principal causa da ameaça de extinção.
Nesse contexto, a inversão da tendência histórica de desmatamento com a recuperação da vegetação nativa constitui um fator decisivo para assegurar a sobrevivência de muitas espécies e livrá-las do risco de extinção.
São Paulo preserva, atualmente, cerca de 60% de toda a Mata Atlântica que resta no Brasil. Além da redução dos desmatamentos observados, o Estado também tem atuado no atendimento, reabilitação e reintrodução na natureza de animais silvestres, que são apreendidos ou resgatados pelo Ibama e Polícia Ambiental.
Desde o início do ano, o Centro de Estudos e Manejo de Animais Silvestres (Cemas), implantado pela Fundação Florestal, no Horto Florestal, já recebeu mais de 3 mil exemplares de aves silvestres. Atualmente, o centro atende mais de 550 aves, que são submetidas a exames clínicos e monitoramento, passando por um processo de readaptação para posterior reintrodução no hábitat natural.
Segundo a diretora-executiva da Fundação Florestal, Antonia Pereira de Avila Vio, as aves silvestres têm um importante papel como indicadores da qualidade ambiental das áreas de onde se originam. Ela explica que as aves participam decisivamente nos processos de polinização e dispersão de sementes, sendo responsáveis pela manutenção de diversas espécies vegetais das florestas nativas.
O Brasil é o terceiro país do mundo em diversidade de aves, sendo superado apenas pela Colômbia e pelo Peru. Antonia Vio explica que muitas dessas espécies são endêmicas, ou seja só ocorrem aqui. ‘Por isso nossa responsabilidade é imensa para proteger um patrimônio genético que só nós possuímos’, conclui.
Da Fundação Florestal
C.A.
