Fapesp: Programa informatiza biodiversidade paulista

Rede compartilhará informações de coleções científicas das três universidades paulistas e de nove institutos de pesquisa

qui, 14/10/2004 - 14h04 | Do Portal do Governo

“Não podemos falar em conservação ambiental sem um sistema eficiente de compartilhamento e gestão das informações disponíveis”. A afirmação de Vanderlei Perez Canhos, diretor-presidente do Centro de Referência em Informação Ambiental (Cria), ilustra bem o que motivou a criação da rede SpeciesLink, um programa que informatiza coleções científicas da biodiversidade do Estado de São Paulo.

Lançado oficialmente na sede da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), pode ser acessado no endereço splink.cria.org.br. Integrada ao Sistema de Informação Ambiental do Programa Biota/Fapesp (SinBiota), a nova estrutura abrange registros de microrganismos, ácaros, insetos, répteis, mamíferos, peixes e tipos de madeira.

A rede compartilhará informações de coleções científicas das três universidades paulistas e de nove institutos de pesquisa. E deverá permitir a integração dinâmica de dados sobre a biodiversidade de São Paulo.

A coleção de peixes da USP, a maior de espécies neotropcais do mundo, e a de serpentes do Instituto Butantan, estão na rede. Além da biodiversidade paulista, a importante coleção do Jardim Botânico, do Rio de Janeiro, está integrada ao sistema. Ao informatizá-las e interligar os dados, o SpeciesLink possibilita a busca das espécies estudadas por área geográfica, como o município ou uma área de proteção ambiental.

Problemas ambientais – “O sistema permite a incorporação de diferentes grupos que compõem a biodiversidade e torna possível interligar as coleções biológicas a outras redes de informação do País e do exterior. Acreditamos que o SpeciesLink será utilizado como embrião para o desenvolvimento de uma rede brasileira de coleções científicas. A expectativa é que o sistema tenha 750 mil registros até 2006”, afirma o diretor-presidente do Cria. A idéia é que aplicativos como esse possam ajudar na resolução de problemas como proteção de espécies ameaçadas, mudanças climáticas e planejamento de áreas de conservação.

Da Agência Fapesp
Da Agência Imprensa Oficial