Fapesp: Pesquisadores desenvolvem protótipo de laser compacto para amplo uso comercial

A novidade está num cristal usado na geração do feixe de luz que foi desenvolvido por pesquisadores do IFSC

sex, 06/08/2004 - 15h31 | Do Portal do Governo

O Brasil poderá dar, em breve, um salto tecnológico na produção de lasers. A novidade está num cristal usado na geração do feixe de luz que foi desenvolvido por pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC), da Universidade de São Paulo (USP). Essa peça é o coração dos equipamentos de laser e poderá levar o país a ingressar no seleto grupo de nações fabricantes de componentes usados em aparelhos compactos que possuem um forte interesse comercial. Esse tipo de equipamento é utilizado em cirurgias oftalmológicas, tratamentos dentários e outras intervenções médicas, como a retirada de marcas de expressões faciais e tatuagens.

‘Nossas pesquisas abrem espaço para a produção nacional de lasers compactos’, afirma o físico Luiz Antônio de Oliveira Nunes, coordenador do Laboratório de Lasers e Aplicações (LLA) do IFSC.Para considerar a importância da pesquisa feita em São Carlos, é necessário entender que um laser – palavra formada pelo acrônimo em inglês de Light Amplification by Stimulated Emission of Radiation, ou amplificação de luz por emissão estimulada de radiação – é constituído por um meio ativo (nesse caso um cristal, mas poderia ser um gás ou um líquido) adaptado a uma cavidade óptica (espaço entre dois espelhos onde a luz é confinada e passa várias vezes pelo cristal) onde acontece a geração de luz.

Para tanto, é necessário que o meio ativo receba uma fonte de energia externa como uma lâmpada de flash ou um outro laser (de diodo, menor e mais barato). Quanto maior a capacidade de absorção e conversão da energia luminosa da fonte externa de luz laser, mais eficiente é o meio ativo.

No caso do laser desenvolvido pelos pesquisadores da USP,o cristal é uma fibra monocristalina. Isso significa que ela não é um agregado de pequenos cristais como no caso, por exemplo, das cerâmicas. Trata-se de apenas um grão crescido em três dimensões. Para obter o cristal, os pesquisadores usaram compostos químicos com óxidos dos minerais ítrio, neodímio e vanádio que reagem entre si e compõem a fórmula YVO4:Nd3+.

Yuri Vasconcelos – Revista Fapesp

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