Fapesp: Pequena empresa produz célula a combustível para suprir equipamentos eletrônicos

Equipamento produz energia a partir do hidrogênio e possui a capacidade de gerar 5 kW

qua, 29/09/2004 - 16h00 | Do Portal do Governo

Energia elétrica para manter uma casa de classe média com televisão, computador, geladeira, microondas e um pequeno aparelho de ar-condicionado, além de outros equipamentos eletrônicos, de som até secador de cabelo, e lâmpadas para todos os cômodos. Essa é a função da mais nova célula a combustível produzida pela empresa UniTech, sediada na cidade de Cajobi, a 450 quilômetros da capital paulista.

O equipamento produz energia a partir do hidrogênio e possui a capacidade de gerar 5 quilowatts (kW) de potência máxima em eletricidade. É o primeiro modelo da empresa adaptado para uso comercial, que deverá servir de base para uma produção em escala. Antes, a UniTech havia produzido vários protótipos com menos capacidade e colaborado numa célula de 1,5 kW produzida pela Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) (veja Pesquisa FAPESP nº 70).

A nova célula é um gerador estacionário de energia elétrica montada dentro de um rack que mede 1 metro e 30 centímetros (cm) de comprimento por 84 cm de largura e 1,10 metro de altura. O coração do equipamento, que é a própria célula, mede 47 cm de comprimento por 30 cm de largura e 30 cm de altura. Ela será destinada a uma empresa da área de energia que financiou o equipamento. O nome da empresa ainda não pode ser divulgado devido a um acordo de confidencialidade. A célula está preparada para utilizar o hidrogênio obtido da reforma do gás natural ou do etanol.

Para isso, a empresa que vai operar a célula já comprou um reformador, aparelho que quebra as moléculas do gás natural (possui moléculas com um átomo de carbono e quatro de hidrogênio, CH4 ), separando o hidrogênio e liberando o carbono que se liga com o oxigênio atmosférico e se transforma em dióxido de carbono (CO2 ). ‘A quantidade desse gás poluente emitida pela célula é muito inferior aos padrões estabelecidos para motores a combustão, por exemplo’, diz o químico Antônio César Ferreira, dono e idealizador da UniTech.

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Marcos de Oliveira – Revista Fapesp