Fapesp: Os desafios da química verde

Artigo aponta os caminhos que podem ser utilizados para reduzir emissão de contaminantes

ter, 14/10/2003 - 10h03 | Do Portal do Governo

Da Agência da Fapesp

A lista de avanços científicos já obtidos no campo da química é extensa, mas problemas industriais como a emissão de efluentes tóxicos ainda são muito freqüentes nos últimos tempos. Para que esse e outros efeitos colaterais sejam minimizados começa a proliferar no Brasil uma filosofia científica chamada de química verde.

Todo o conceito dessa linha de pensamento, assim como os 12 princípios que a sustentam, podem ser consultados no artigo Química verde, os desafios da química do novo milênio. Assinado por Alexandre Prado, do Instituto de Química da Universidade de Brasília, o texto está disponível na biblioteca eletrônica Scielo.

O autor do artigo publicado pela revista Química Nova mostra os principais caminhos que podem ser utilizados para reduzir a emissão de contaminantes. O emprego de reagentes alternativos apropriados, o aumento da seletividade para maximizar o uso de materiais que iniciam reações químicas e a utilização de catalisadores para facilitar a separação do produto final da mistura são algumas das trilhas já abertas, principalmente no exterior. Esses caminhos podem trazer resultados, se o objetivo for manter e melhorar a qualidade de vida das pessoas também a partir da química.

De acordo com Prado, uma área de pesquisa que se destacou bastante nos últimos anos, dentro dessa filosofia verde, é a de catalisadores sólidos. “O propósito dessas pesquisas é remover os contaminantes dispersos em efluentes”, escreve o pesquisador.

No Brasil, diz o artigo, há vários pesquisadores “que se aventuram na direção de um desenvolvimento sustentável da química”. O autor cita uma revisão bibliográfica feita na revista Green Chemistry para ratificar sua posição.

Para vencer os desafios da química verde, Prado acredita na formação de pessoal com consciência de desenvolvimento sustentável, na regulamentação de leis rígidas no âmbito ambiental e no desenvolvimento de processos verdes mais econômicos. “Esses são os pilares para o enraizamento dessa filosofia científica, para que ela se torne cotidiana nas práticas científicas”.

Mais informações podem ser obtidas no site www.agencia.fapesp.br

V.C.