Fapesp: Inpe testa novos satélites para combater queimadas na Amazônia

As informações serão repassadas imediatamente ao Sistema de Proteção da Amazônia

seg, 20/09/2004 - 16h46 | Do Portal do Governo

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) testa, há dois meses, o Sistema de Detecção de Desmatamento (Deter), que fornece informações sobre ações de devastação na Amazônia com periodicidade de até três dias. O Deter utiliza imagens do sensor Modis, a bordo dos satélites Terra e Aqua, da Nasa, e do WFI, do CBERS, sigla em inglês para Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres, com resolução de 240 metros. E ainda minimiza os efeitos de pequenas nuvens, que comprometem a observação. ‘O programa já está pronto e está sendo utilizado em teste, via Internet. Até o final do ano poderá ser usado por órgãos de fiscalização e repressão para coibir queimadas e desmatamentos’, diz Cylon Gonçalves, secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT).

As informações dos dois satélites, de acordo com Gonçalves, serão repassadas imediatamente ao Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) – programa vinculado à Casa Civil da Presidência da República -, que acionará helicópteros e aviões para rastrear a região e reprimir infratores. Até agora as informações eram obtidas por meio de imagens enviadas pelo satélite Landsat, com passagem a cada 16 dias, cujas imagens permitem visualização da área com 30 metros de resolução.

O Deter representa um avanço significativo no sistema de avaliação das áreas desmatadas na Amazônia, segundo Paulo Artaxo, coordenador do Instituto do Milênio do Experimento em Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia (LBA).Os pesquisadores do LBA – um megaprojeto internacional de US$ 80 milhões que reúne mais de 300 pequisadores da América Latina, da Europa e dos Estados Unidos – não têm dúvida de que as novas tecnologias são ferramentas fundamentais para preservar as florestas sem comprometer o desenvolvimento econômico da região. Elas têm efeito não apenas para coibir o desmatamento – facilitado pelo uso dos novos satélites -, mas também para pautar as atividades econômicas.

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Claudia Izique – Revista Fapesp