Fapesp: Incubadora vai lançar máquina de passar roupa a vapor

Equipamento passa 12 peças em uma hora

seg, 21/03/2005 - 11h40 | Do Portal do Governo

Da Agência Fapesp
Por Thiago Romero

Um produto totalmente automatizado e de baixo consumo de energia elétrica poderá mudar a rotina doméstica. Uma empresa residente no Centro Incubador de Empresas Tecnológicas (Cietec), da Universidade de São Paulo (USP), está prestes a lançar no mercado brasileiro uma invenção inusitada: uma máquina de passar roupas a vapor.

O eletrodoméstico, que já foi batizado de Agillisa, tem o tamanho de uma geladeira e capacidade para alisar até 12 peças de roupa em aproximadamente 60 minutos. O alisamento é feito por meio de um fluxo contínuo de vapor saturado, que alivia as tensões das fibras para retirar as rugas do tecido. Em uma segunda etapa, a máquina realiza uma secagem por convecção forçada para manter a microgeometria das fibras.

“A máquina funciona por meio de um ciclo de vapor e outro de ar quente. Isso significa que é possível alisar roupa seca, semelhante ao processo convencional, e até roupa úmida”, disse a responsável pela invenção do protótipo, Célia Jaber de Oliveira, à Agência FAPESP. “Neste caso, a roupa é retirada da lavadora e passa por um processo de centrifugação na Agillisa, fazendo com que o tecido já saia seco e liso”, complementa.

A Agillisa faz um processo totalmente inverso ao do ferro de passar. “Enquanto o ferro amassa as fibras, o vapor da máquina solta as fibras deixando a roupa mais macia com o passar do tempo”, ressalta Célia. O desenvolvimento do protótipo contou com a participação do técnico em mecânica Lupércio Jaber de Oliveira.

A previsão é que a máquina chegue ao mercado ainda no segundo semestre deste ano, a um preço estimado de R$ 2 mil. Segundo a pesquisadora, é preciso levar em consideração que, além de evitar a tarefa de passar roupas, o aparelho economiza até 50% de energia elétrica em relação ao ferro elétrico.

“Com a alisadora não há desperdício, pois toda a energia é aproveitada no trabalho. O ferro de passar fica ligado o tempo todo, mesmo quando não está sendo utilizado”, disse.

A patente da invenção do equipamento já foi obtida pela Coll Projetos, Engenharia e Tecnologia. O projeto de desenvolvimento do produto contou com apoio financeiro da FAPESP. O trabalho foi coordenado pelo professor da Escola Politécnica da USP Nicola Getschko.

V.C.