Fapesp: Governos federal e paulista planejam a instalação de fábrica de hemoderivados

Projeto está previsto no Plano Plurianual do governo estadual e poderá estar pronto em dois anos

qua, 12/05/2004 - 16h35 | Do Portal do Governo

O Brasil gasta, anualmente, US$ 150 milhões com a importação de hemoderivados – proteínas obtidas a partir do plasma, utilizadas no tratamento de doenças como a hemofilia A e B e como matéria-prima na produção de vacinas. A única fábrica brasileira, instalada em Pernambuco, produz apenas a albumina humana e atende só 7% do mercado. Desde 2000, o país faz planos de construir uma fábrica para substituir importações e atender a demanda do mercado. Dois projetos concorrentes – um da União e o outro de São Paulo – estão sendo arquitetados.

O primeiro deles – previsto na política industrial, tecnológica e de comércio exterior – é da Empresa Brasileira para o Fracionamento do Plasma, já batizada de Hemobrás, orçada em US$ 60 milhões. A futura empresa vai produzir albumina humana, imunoglobulina, complexo protombínico, fator VIII e fator IX – utilizando tecnologia de fracionamento do plasma sanguíneo – para atender parte da demanda do Sistema Único de Saúde (SUS), de acordo com Beatriz Macdowell, gerente-geral da área de sangue, outros tecidos, células e órgãos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. ‘Estamos preparando edital para a transferência de tecnologia de fracionamento de plasma no país. A fábrica de hemoderivados deve estar em operação em três ou quatro anos’, prevê.

O segundo projeto é do Instituto Butantan, em São Paulo. A fábrica paulista utilizará a cromatografia para obter hemoderivados, uma tecnologia distinta da do fracionamento de plasma adotada pela Hemobrás. ‘Será a primeira fábrica a utilizar esse modelo em todo o mundo’, garante Otávio Mercadante, diretor do Butantan. A produção por cromatografia foi ‘adaptada do exterior’, como diz Mercadante, e ‘possibilita maior rendimento e competência tecnológica’. O projeto, no valor de R$ 100 milhões, está previsto no Plano Plurianual do governo estadual e poderá estar pronto em dois anos. De acordo com o diretor do Butantan, este projeto terá escala para suprir toda a demanda nacional e deverá ser submetido ao Ministério da Saúde.

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