Fapesp: Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP firma-se como endereço de pesquisa

A instituição tem mais de 100 anos de existência

ter, 21/09/2004 - 20h22 | Do Portal do Governo

Justiça se faça à Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo: em quase 106 anos de existência, a instituição exibiu uma inesgotável capacidade de superar dificuldades e responder a desafios. Fundada em 12 de outubro de 1898 como Escola Livre de Pharmacia de São Paulo, manteve-se de pé em seus primórdios graças à abnegação dos fundadores. Médicos ou membros da Sociedade Pharmacêutica Paulista, eles davam aulas de graça – ou recebendo quantias simbólicas – até que o orçamento da instituição saísse do vermelho.

A criação da escola estava prevista havia mais de 20 anos, mas foi graças ao grupo, liderado pelo médico fluminense Bráulio Gomes e o farmacêutico Pedro Baptista de Andrade, que a idéia vicejou, fazendo surgir o quarto curso de farmácia do país e o primeiro de São Paulo. Logo apareceram novas demandas. O governo da província delegou à escola a tarefa de submeter a exames aspirantes a dentistas e parteiras ‘enquanto não existissem no estado cursos especiais de arte dentária e de partos’.

Pois em 1902 a instituição chamou para si a tarefa de formar esses profissionais, tornando-se Escola de Pharmacia, Odontologia e Obstetrícia. As duas novas carreiras se desmembrariam ao longo do tempo – a Obstetrícia desgarrou-se em 1911 e a Odontologia em 1962.A excelência da Faculdade de Ciências Farmacêuticas se explica, de certo modo, por sua capacidade de se reinventar. Por muito pouco, o curso não fechou as portas na década de 1920.

A concorrência com outras escolas de farmácia e um escândalo que cassou o credenciamento federal da faculdade fizeram com que os alunos debandassem e professores pedissem demissão, desinteressados de trabalhar numa instituição sem licença para funcionar. Os bens da escola foram seqüestrados, e, em 1932, o médico e anatomista Benedicto Montenegro foi designado interventor. No ano seguinte, o governo federal restabeleceu o credenciamento.

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Fabrício Marques – Revista Fapesp