Fapesp: Estudo mostra como adolescentes da periferia encontram identidade no hip hop

Cultura hip hop é composta de três expressões principais

seg, 01/09/2003 - 18h53 | Do Portal do Governo

Ser ou não ser? Se na fria Dinamarca de Hamlet se ouvisse hip hop ou, se o príncipe angustiado pudesse grafitar as paredes do castelo do titio malvado, talvez, a tragédia de Shakespeare tivesse um final menos sangrento. Disposta a entender o mecanismo da adolescência, em que o jovem se vê jogado em um limbo, definido pelo que não é (não mais uma criança e ainda não um adulto), forçado a ‘achar’ sua identidade a qualquer custo, Viviane Melo de Mendonça Magro, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), entrevistou jovens, moças e rapazes, da periferia de Campinas (SP).

Em Meninas do Graffiti: Adolescência, Identidade e Gênero nas Culturas Juvenis Contemporâneas (título provisório) , sua tese de doutorado, somos apresentados a um novo retrato dos adolescentes, em especial os tão estigmatizados jovens negros da periferia das grandes cidades. Longe dos ‘marginais’ de músicas barulhentas, temos um grupo que faz da cultura hip hop sua maneira de mostrar o que são e não são na sociedade.

‘A cultura hip hop é composta de três expressões principais: o rap, que é uma música com letras longas, quase faladas, e tem como base samplers musicais e batidas fortes elaboradas pelos DJs; o grafite, uma técnica que compõe pinturas coloridas feitas em muros, metrôs e paredes; e o breakdance , que se constitui de coreografias baseadas nas músicas de rap e elaboradas com movimentos quebrados que simulam lutas ou robôs, e são geralmente dançadas em grupo’, afirma a pesquisadora.

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Carlos Haag – Agência Fapesp