Ciência, Tecnologia e Inovação na Agenda do Desenvolvimento foi o tema do seminário realizado sexta-feira, dia 24, na sede do Instituto Fernando Henrique Cardoso, no centro de São Paulo.
Na primeira parte do evento, os professores Antônio Barros de Castro, assessor especial do Ministério do Planejamento, e João Furtado, do Departamento de Engenharia de Produção da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), falaram sobre os processos de inovação em empresas e nos diversos setores industriais, suas potencialidades e os desafios para a formulação e implementação de políticas públicas.
Barros de Castro traçou um panorama atual da relação entre inovação, política tecnológica e crescimento e ressaltou que o Brasil tem de repensar profundamente a sua inserção externa, com política centrada na inovação com viés para o produto e não para o processo.
Furtado disse que o valor da inovação está na solução dos problemas. E citou como exemplos transformações significativas ocorridas em pequenos municípios brasileiros, como Nova Serrana, em Minas Gerais, onde a produção de 300 mil pares de sapatos esportivos por dia foi fruto de uma decisão coletiva.
Na segunda parte do seminário, os professores Carlos Henrique de Brito Cruz, reitor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), e Carlos Américo Pacheco, ex-secretário executivo do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), discorreram sobre o papel da universidade, da empresa e do governo na produção e aplicação de conhecimento e inovação no processo de desenvolvimento. Brito Cruz disse que o motor da inovação tecnológica é a empresa, embora a universidade tenha importante contribuição a dar.
Dinorah Ereno – Agência Fapesp
