Fapesp: Análise das alterações em nucleotídeos é tema do primeiro software comercial da Scylla

Sistema para identificar diferenças genéticas

ter, 22/07/2003 - 14h41 | Do Portal do Governo

Depois de receber um impulso de desenvolvimento com os projetos genomas que se espalharam pelo mundo e pelo Brasil, a bioinformática começa a se destacar como uma importante área para a geração de inovação tecnológica. Um desses frutos originários da pesquisa genômica é um software produzido pela empresa Scylla, de Campinas, para o Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo (USP). É um sistema para identificar diferenças genéticas, chamadas de polimorfismo, nas seqüências de bases químicas formadoras dos genes, as famosas adenina, citosina, timina e guanina, também conhecidas como nucleotídeos. Uma seqüência ou apenas uma letra diferenciada – indicadora de uma dessas substâncias em determinado gene – pode levar, por exemplo, a uma predisposição para doenças mentais.

O software, chamado de Sistema de Identificação de Polimorfismos (SIP), vai servir para que os pesquisadores da USP possam identificar com mais facilidade essas diferenças e compará-las com a condição física da pessoa analisada, relacionando o polimorfismo à doença.’O SIP é uma ferramenta para verificar os polimorfismos de nucleotídeos únicos, ou SNPs, existentes no DNA. A grande maioria das pessoas tem sempre uma seqüência, como, por exemplo, ATTGCATG.

Se acharmos no mesmo gene, mas em outra pessoa, a seqüência ATTGCTTG, portanto com uma troca do A pelo T, verifica-se primeiro se há algum erro no processo de obtenção dos dados e, se persistir a diferença, compara-se com a condição médica da pessoa’, explica o professor João Meidanis, do Departamento de Teoria da Computação do Instituto de Computação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e fundador da Scylla. Como sócios na empresa estão dois ex-alunos de Meidanis, Alexandre Corrêa Barbosa e Zanoni Dias. Eles formaram a Scylla em 2002 depois de um longo período como participantes da área de bioinformática dos projetos genomas das bactérias Xyllela fastidiosa e Xanthomonas citri e da cana-de-açúcar, dos quais Meidanis foi um dos coordenadores.

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Marcos de Oliveira – Revista Fapesp
-C.M.-