Exposição: Metrô leva você para ver uma das maiores descobertas do século XX

Trechos do Velho Testamento estão próximos à estação Luz do Metrô

ter, 01/02/2005 - 20h35 | Do Portal do Governo

Imagine poder ver de perto a cópia mais antiga do Velho Testamento da Bíblia. É essa oportunidade que o Metrô proporciona aos paulistanos levando-os à exposição internacional ‘Pergaminhos do Mar Morto: Um Legado para a Humanidade’.

A mostra entrou em cartaz na Estação Pinacoteca do Estado de São Paulo no dia 26 de novembro e permanece em cartaz até 27 de fevereiro. A Pinacoteca fica ao lado da Sala São Paulo e as pessoas têm fácil acesso ao local pela estação Luz do Metrô.

O público poderá ver reproduções de 7 livros do Velho Testamento: Gênesis, Êxodus, Salmos, Isaías, além de Deuteronômio, Levítico e Filactérios. E ainda 77 objetos, como vasos, potes, utensílios em pedra e cerâmica, moedas, objetos em couro, tecidos, entre outras atrações.

As peças da exposição datam de mais de dois mil anos e foram encontradas casualmente por pastores beduínos nas cavernas de Qumram, próximas ao Mar Morto, em Israel, em 1947.

Nenhuma criatura – peixes, algas marinhas ou plantas – vive no Mar Morto. Ele é o lago mais salgado do mundo e está localizado a cerca de 25 quilômetros a leste de Jerusalém. Com temperaturas médias variando entre 30 e 40 graus Celsius e uma atmosfera seca e quente, a região é uma das mais inóspitas do mundo. Foram justamente essas condições especiais que preservaram os Pergaminhos até os nossos dias.

Essênios

Através dos Pergaminhos e das demais peças expostas nessa exposição os pesquisadores arqueológicos puderam ter maiores informações sobre o povo que habitava a região: os essênios. Um dos Pergaminhos, por exemplo, mostra como era o calendário e outro como eram as regras da comunidade essênica. Eles viviam no deserto, com conceitos e crenças religiosas específicas, que contrastavam com as de outros grupos étnicos.

Começavam o dia recitando hinos, músicas e bênçãos. Também tinham a obrigação de orar antes e depois de todas as ações diárias importantes. Seus membros se purificavam várias vezes ao dia, através da imersão na água. Novos membros, ao serem admitidos pela comunidade, tinham seus bens confiscados e entregues à propriedade comum.

A exposição conta também com filmes, mapas, painéis e elementos interativos, que ajudarão o visitante a entender a época e o local. A mostra já passou por cidades como Washington e Chicago (Estados Unidos), Montreal (Canadá) , Tóquio (Japão), Glasgow (Inglaterra) e Sidney (Austrália).

Companhia do Metropolitano de São Paulo – Metrô – Departamento de Imprensa