Para alertar as pessoas sobre os malefícios que o cigarro causa à saúde, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) promoverá atividades especiais nesta segunda-feira, dia 31, quando se comemora o Dia Mundial sem Tabaco. A programação, que inclui palestras sobre o tema, distribuição de materiais informativos e demonstração, com o auxílio de um boneco, de como o tabaco age no organismo, será dirigida às comunidades interna e externa.
De acordo com o médico Elson Silva Lima, um dos coordenadores do Programa de Prevenção ao Uso de Substâncias Psicoativas Lícitas e Ilícitas (Viva Mais) da universidade, “a Unicamp mantém-se extremamente ativa nessa área, pois é uma instituição ciente de sua responsabilidade social”. O programa Viva Mais está promovendo nova cultura em relação ao uso de substâncias psicoativas nos campi da universidade. Programou atividades destinadas a orientar alunos, servidores e docentes.
Atualmente, empenha-se em estimular a criação de áreas livres do tabaco nas unidades e órgãos da instituição. Lima afirma que a ação não tem caráter de enfrentamento. “É, antes de tudo, uma concepção ética. Nós orientamos e os próprios membros da comunidade, fumantes e não-fumantes, estabelecem os mecanismos que consideram adequados à garantia da qualidade de vida da coletividade”, esclarece. Além disso, a Unicamp mantém dois programas destinados ao tratamento dos dependentes do fumo. Professores, alunos e funcionários da universidade podem recorrer ao Centro de Saúde da Comunidade (Cecom).
Já a comunidade externa tem os serviços do Ambulatório de Substâncias Psicoativas (Aspa), que funciona junto ao Hospital de Clínicas. Segundo o médico, o índice de sucesso do tratamento alcança 70%, ou seja, apenas três em cada dez pessoas que procuram auxílio passam por recaídas. Outras informações podem ser obtidas no site do programa Viva Mais, no endereço www.prdu.unicamp.br/vivamais.
Tabaco e pobreza: um ciclo vicioso
Desde 1987, a Organização Mundial da Saúde (OMS) articula com 192 países a comemoração do Dia Mundial sem Tabaco (31 de maio), definindo um tema ligado ao tabagismo. O objetivo é atrair a atenção de todo o mundo sobre essa epidemia, doenças e mortes evitáveis a ela relacionadas. Neste ano, o assunto escolhido é “Tabaco e Pobreza: um Ciclo Vicioso”.
A forte associação do tabagismo com doenças crônicas graves e fatais e a expansão do consumo cada vez maior em países em desenvolvimento têm preocupado órgãos relacionados à saúde e ao desenvolvimento econômico-social. Segundo entidades vinculadas às Nações Unidas, como a OMS e o Banco Mundial, o tabagismo impõe carga cada vez mais pesada sobre esses países, muitos dos quais ainda lutam para controlar doenças transmissíveis como, por exemplo, tuberculose, malária, HIV/aids, e para reduzir a desnutrição e as taxas de mortalidade infantil.
O reconhecimento do Brasil como liderança no controle do tabagismo, no combate à fome e à pobreza e na promoção da eqüidade e do desenvolvimento sustentável levou a OMS a indicá-lo como sede das atividades de 2004 do Dia Mundial sem Tabaco. Desde 1989, o país se engaja nas comemorações da data. O Ministério da Saúde, por intermédio do Instituto Nacional do Câncer, em parceria com as secretarias estaduais e municipais de saúde, já atuantes no Programa Nacional de Controle do Tabagismo, articula por todo o País as comemorações. Um convênio está possibilitando a reprodução do material promocional, como cartazes, manuais, folhetos e outdoors.
Da Agência Imprensa Oficial
(AM)
