Evento: Conferência na USP discute as relações internacionais e as mudanças globais

Palestras terminam no dia 10 de novembro

seg, 07/11/2005 - 14h58 | Do Portal do Governo

“Mudanças globais e relações internacionais” será um dos assuntos discutidos durante a 2ª Conferência Regional sobre Mudanças Globais: América do Sul. O evento, promovido pelo Instituto de Estudos Avançados da USP, teve início ontem, dia 6, e se estenderá até 10 de novembro.

O professor titular da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP, Jacques Marcovitch, será um dos debatedores do tema na mesa-redonda programada para a quarta-feira, dia 9. “Nas esferas dedicadas ao tema, a discussão em torno das mudanças globais e as relações internacionais intensificou-se a partir da entrada em vigor do Protocolo de Quioto, em fevereiro de 2005. Evidências de mudanças climáticas, como a redução da cobertura de gelo nos pólos, a elevação do nível dos oceanos, o aumento das temperaturas médias em correntes marítimas, têm levado o assunto à opinião pública através dos meios de comunicação dedicados aos temas ambientais”, afirma o pesquisador.

No que se refere às relações internacionais, Marcovitch destaca que o Brasil tem tido um engajamento significativo e constante nos temas relacionados à ecologia. “Como país detentor de um respeitável patrimônio ambiental, a pesquisa no Brasil tem se dedicado ao estudo dos impactos do desenvolvimento econômico sobre a natureza de um lado e o aumento dos níveis de privação dos excluídos, de outro.

No campo das mudanças climáticas, além das pesquisas em andamento, o Brasil tem oferecido uma valiosa contribuição para as negociações internacionais. Tanto a Convenção do Clima como o Protocolo de Quioto tiveram uma importante contribuição do Brasil quando dos seus delineamentos e aprovação”, considera.

No âmbito mundial, o docente ressalta que, embora o Protocolo de Quioto, a Convenção de Bonn e os Acordos de Marrakesh sejam caminhos viáveis e condições necessárias para que se estabeleçam políticas e medidas ambientais, são insuficientes para modificar os padrões de consumo e o modelo de desenvolvimento prevalecente. “Políticas públicas em cada país devem induzir à redução de emissões, por exemplo, por meio do uso de energias renováveis como tem feito o Brasil. Do seu lado, os países da União Européia adotaram, desde janeiro de 2005, um sistema de penalidades para os que infringem limites de emissões predeterminados. Estados norte-americanos, como é o caso do estado da Califórnia, têm induzido a indústria automobilística a lançar mão de tecnologias mais limpas para o transporte de pessoas e de cargas”, argumenta.

Serviço: A 2ª Conferência Regional sobre Mudanças Globais: América do Sul será realizada no Blue Tree Convention Ibirapuera, localizado à Avenida Ibirapuera, 2927, Moema, São Paulo. A programação completa está disponível no endereço www.acquaviva.com.br/mudglobais

Contatos com a imprensa e credenciamento para jornalistas: Marcelo Acquaviva – 11 3501-8018 / 11 9941-6131

Adriana Cruz da assessoria de Imprensa da USP
C.A.