‘Este é o segundo ano sem enchente no Tietê’, afirma Alckmin

As obras no Tietê tornaram menos graves as enchentes nos demais rios da cidade, que são seus afluentes

sex, 06/02/2004 - 20h26 | Do Portal do Governo

O governador Geraldo Alckmin disse durante entrevista coletiva nesta sexta-feira, dia 6, que sua prioridade no combate às enchentes é o rio Tietê, porque a obra é de ‘exclusiva responsabilidade do Governo do Estado, com 65% pronta e já com resultados positivos, pois este é o segundo ano sem enchente no Tietê’, acentuou.

Para Alckmin, a obra tornou menos grave a enchente nos demais rios, porque todos eles são afluentes do Tietê, ‘o grande ralo da cidade.’ Ele acrescentou que a obra, de R$ 700 milhões, será entregue até o final do ano. ‘Então, no próximo verão, o Tietê estará 100% rebaixado em 25 quilômetros, do Cebolão à barragem da Penha.

A segunda prioridade – disse o governador – é a bacia do Pirajussara, onde já existem 3 piscinões em operação, e mais duas que serão entregues em março e maio. ‘Estamos encaminhando ao Governo Federal mais dois pleitos. Um deles é também no Pirajussara. O outro é o Ribeirão Vermelho, em Osasco.’

O governador revelou que falou ontem sobre o assunto com o ministro Ciro Gomes por telefone. ‘Já estamos encaminhando os projetos executivos, e ele disse da disposição de ajudar’, afirmou.

Outra das prioridades do Governo de São Paulo é a bacia do Tamanduateí, na região do ABC. ‘Temos 12 piscinões prontos em operação, além de três em obra. Vamos entregar dois em março e abril, e outro no final do ano’.

Na opinião do governador, a questão das enchentes é de responsabilidade de todos, dos governos federal, estadual e municipal. ‘O Governo Federal não faz piscinão, não canaliza córrego, mas é importante o aporte de recurso. Porque grande parte do dinheiro do FGTS é para saneamento ou recurso a fundo perdido’, afirmou.

O governador explicou que há os rios chamados de estaduais, como o Tietê, que atravessa o Estado e por isso a responsabilidade é do Governo estadual; e há os rios municipais, como o Aricanduva, que cabe à prefeitura cuidar. ‘Essa é a divisão de responsabilidade, e acho que todo mundo tem de somar esforços’.

O governador alertou sobre o problema de microdrenagem em São Paulo, que provocam os alagamentos, com bocas de lobo e galerias entupidas. ‘A cidade fez uma opção errada há muito tempo de canalizar todos os seus córregos. Em cada avenida de fundo de vale há um rio por baixo, como na 23 de maio, na 9 de julho, no Anhangabaú. Fechar esses rios todos traz mais complicações do que se ter canal aberto. O Pirajussara é um exemplo típico.