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O governador Geraldo Alckmin recebeu, nesta terça-feira, dia 10, no Palácio dos Bandeirantes, a visita de Edson Arantes do Nascimento, o Pelé. O tema do encontro foi o esporte em São Paulo. O governador falou sobre a possibilidade de destinar mais recursos para atividades esportivas e a ampliação do programa Parceiros do Futuro, no qual escolas são abertas nos fins de semana para práticas esportivas e culturais.
Também conversaram sobre o Museu Pelé, que será construído, em Santos, em homenagem ao ex-jogador de futebol.
O Governo paulista liberou, em abril deste ano, a primeira parcela, no valor de R$ 300 mil, para a construção do novo espaço. No convênio firmado com a Prefeitura, estão previstas ainda mais três parcelas no valor de R$ 1,233 milhão cada para a etapa inicial da obra.
Alckmin lembrou que a próxima remessa de recursos será feita após a apresentação do projeto executivo. “Precisamos preservar essa memória, que não é só do Pelé, mas de todo o povo brasileiro”, destacou.
O Museu vai ocupar área de três mil metros quadrados da plataforma do Emissário Submarino, na Praia de José Menino, e reunirá acervo variado sobre o atleta, como filmes, fotos e material impresso.
De acordo com Pelé, o museu deverá ficar pronto no final de 2003. “O governador deu todo o apoio”, afirmou o ex-jogador, que só não gostou do nome. “Museu é para morto. Acho que pode ter um outro nome, como Casa do Pelé ou Exposição do Pelé. Sempre achei que as homenagens devem ser feitas em vida, porque fazer homenagem depois que morre não adianta nada. Então, agradeço ao governador pela Casa Pelé, em Santos”, disse.
Ele ficou satisfeito ao saber que Alckmin tem como prioridade o investimento no esporte, principalmente em escolas. “Investindo em esportes, as crianças saem das drogas e das ruas e o Estado não precisará gastar na segurança mais tarde. Além disso, a prática de esportes previne doenças, evitando também gastos em saúde”, afirmou.
Alckmin também lembrou que Santos vai viver um novo momento, com a segunda Pista da Imigrantes, a regionalização do Porto, a recuperação do teatro Coliseu, a implantação do Museu Pelé e o forte crescimento do turismo em toda o Litoral. Todas as obras contam com a parceria do Estado.
Os recursos repassados para o Museu Pelé são oriundos do Fundo criado pela Constituição Paulista para o Departamento de Apoio e Desenvolvimento das Estâncias. O critério de distribuição é de acordo com o número de habitantes das estâncias. O dinheiro é repassado pelo Estado à Prefeitura com finalidades específicas, segundo as prioridades estabelecidas pelo município.
Em 2002, esse Fundo somou R$ 73 milhões para todo o Estado de São Paulo e foram destinados a Santos R$ 1,275 milhão para a reforma do Aquário; R$ 2,278 milhões para a reurbanização do Gonzaga; R$ 1,6 milhão para a Av. Martins Fontes; e R$ 3,783 milhões para a restauração do Teatro Coliseu, além dos recursos para o Museu Pelé. Para 2003, a verba do Fundo para Santos é de R$ 11,264 milhões.
Cíntia Cury
