Estado terá um raio X de todos os profissionais e servidores da saúde

Centro de Vigilância Sanitária coordena cadastramento pioneiro

qui, 13/09/2001 - 19h55 | Do Portal do Governo

A área da saúde está sendo examinada com detalhes pelo Governo do Estado. Sob a batuta do Centro de Vigilância Sanitária (CVS), vinculado à Secretaria da Saúde, está em andamento o maior e mais completo cadastro de estabelecimentos e profissionais da saúde da história do Estado, incluindo os setores público, privado e filantrópico.

O objetivo é obter até o começo de 2002 um verdadeiro raio X de todas as instituições paulistas do gênero, que será repassado ao Ministério da Saúde para subsidiar no planejamento e avaliação das ações da área, entre elas do SUS (Sistema Único de Saúde). O levantamento também ajudará nas licitações e contratações de serviços, na prestação de contas dos hospitais e ainda vai garantir à sociedade um banco de dados em saúde muito mais seguro.

Para o secretário estadual da Saúde, José da Silva Guedes, o novo cadastro vai permitir o conhecimento real e completo da rede. “Ele será importante no controle de qualidade, para que se conheça a distribuição dos serviços em todas as regiões.”

Na prática, com o cadastramento será possível identificar e mapear cada estabelecimento de saúde, incluindo suas características, instalações físicas, serviços de apoio, equipamentos disponíveis, capacidade de leitos, número de leitos por especialidades ou de leitos complementares. Também serviços de hemoterapia e diálise, procedimentos especiais, tipos de especialidades disponíveis, comissões, além do número de especialistas e demais profissionais empregados.

Duas Etapas

“Esse trabalho está sendo feito por 120 técnicos do Centro de Vigilância Sanitária Estadual e conta com o apoio de, no mínimo, mais 160 pessoas no interior”, explica Iara Alves de Camargo, diretora da Divisão de Serviços de Saúde do CVS e uma das coordenadoras do trabalho.

Lançado em dezembro de 2000, o cadastramento em São Paulo foi dividido em duas etapas, conforme modelo sugerido pelo próprio Ministério, por meio da portaria 511. No primeiro deles, iniciado em fevereiro deste ano, estão sendo levantados todos os hospitais públicos, privados e filantrópicos que realizam serviços de alta complexidade — como hemoterapia, medicina nuclear, radioterapia, ressonância magnética, quimioterapia, entre outros. Os dados estão sendo compilados por técnicos do CVS.

“Já se sabe, por enquanto, que existem 6.507 hospitais em todo o Estado. Estimamos, no entanto, que esse número feche em cerca de 8.000 estabelecimentos”, comenta a coordenadora. O cadastramento desta primeira etapa ainda não encerrou porque os hospitais com mais de 1.000 funcionários podem fazer seu próprio levantamento. Eles têm até o dia 5 de outubro para encaminhar os dados ao CVS ou às diretorias regionais de saúde.

Na segunda etapa, iniciada neste mês, os técnicos do Centro de Vigilância Sanitária vão contatar clínicas médicas, ambulatórios, consultórios, clínicas odontológicas e de medicina alternativa, além de profissionais liberais da área em todos os 645 municípios paulistas. Tudo isso sempre abrangendo os setores público, privado e filantrópico.

Depois de repassado ao Ministério da Saúde, o levantamento do Estado de São Paulo e dos demais Estados serão organizados em um banco de dados e, posteriormente, disponibilizados como informações gerais.