Governador Geraldo Alckmin derrubou as grades para evitar que novos detentos ocupem o espaço.
Com capacidade para 43 detentos, a carceragem chegou a abrigar 208 presos. Quando começou a desativação, 127 homens ocupavam o local. Todos foram transferidos para vários CDPs (Centro de Detenção Provisória) na Capital e Interior.
Alckmin lembrou que foi dado mais um passo para desativar todas as carceragens de distritos da capital. Essa foi a 43ª desativação desde o início do processo.
O Distrito Policial de Vila Sônia deverá passar por reforma e será transformado em Delegacia Participativa.
O Estado de São Paulo vai ganhar este ano mais de 12,6 mil vagas penitenciárias. O objetivo é transferir detentos que estão em carceragens em Distritos Policiais (DPs) e cadeias públicas para Centros de Detenção Provisória (CDPs) ou Penitenciárias, além de abrir vagas para novos presos.
Só na Capital, cerca de 6,8 mil presos que estão em Distritos Policiais devem ser transferidos para penitenciárias ou CDPs. Durante derrubada de grades da carceragem do 34º DP, no Bairro do Butantã, Zona Oeste da Capital, nesta segunda-feira, dia 31, o governador Geraldo Alckmin destacou que das 12,6 mil vagas que estão sendo abertas, mais de 6 mil serão destinadas aos detentos que atualmente ocupam a carceragem de 35 Distritos Policiais no município. “As outras 6 mil vagas são para o aumento do número de presos e para resolver problemas de superpopulação carcerária”, afirmou.
A retirada de presos de Distritos Policiais e Cadeias oferece mais segurança à população, melhores condições para o detento, que cumpre pena em local adequado, além de liberar a Polícia Civil para a função fim, que é o policiamento investigativo e judiciário.
Para esvaziar os Distritos Policiais da Capital estão sendo construídas três Penitenciárias Compactas duplas, em Guareí, Lavínia e Balbinos, com um total de 4,6 mil vagas. O Estado também vai transformar as penitenciárias de Franco da Rocha I e II e Guarulhos II em Centros de Detenção Provisória, somando 3,5 mil vagas. Isso porque os detentos que ainda não foram julgados precisam ficar perto da Capital para apresentações judiciais.
Todas essas seis unidades (CDPs e Penitenciárias Compactas), que somam mais de 8,1 mil vagas, contribuirão para a desativação das carceragens da Capital e também receberão novos presos ou detentos de outras localidades.
Estão em construção ainda as Penitenciárias Compactas de Marabá Paulista, Caiuá, Flórida Paulista, Tupi Paulista e Irapuru, com 768 vagas cada, somando 3,8 mil novas vagas; e o CDP de Caiuá, também com 768 vagas. Essas unidades devem receber detentos de diversas regiões do Estado, além de novos presos.
Além disso, nesta terça-feira, dia 1º, o Governo paulista inaugura o Centro de Ressocialização de Atibaia, com 192 vagas. O espaço era ocupado pela antiga Cadeia Pública do município. A unidade vai abrigar presos primários e de baixa periculosidade em regimes fechado e semi-aberto.
Cíntia Cury
