Estado renova contratos de gestão de hospitais com Organizações Sociais de Saúde

Hospitais estaduais gerenciados por entidades sociais têm 95% de aprovação dos pacientes e acompanhantes

seg, 29/12/2003 - 16h37 | Do Portal do Governo


Os contratos que garantem o gerenciamento de hospitais do Estado por entidades sociais de saúde sem fins lucrativos, as chamadas Organizações Sociais de Saúde, foram renovados nesta segunda-feira, dia 29, pelo governador Geraldo Alckmin, no Hospital de Pedreira. Esse novo modelo de gestão foi implantado em 1998 para colocar em funcionamento os novos hospitais que começavam a ser inaugurados pelo Governo paulista.

Atualmente, as Organizações Sociais administram 15 hospitais, dos quais 13 estão na região da Grande São Paulo e dois no Interior. “São contratos de gestão nos quais o Governo paga todas as despesas e o atendimento segue os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS): universalidade, atende a todos; gratuidade, tudo de graça; e eqüidade, tratamento igual para todos”, explicou Alckmin.

O governador anunciou que em duas semanas deverá inaugurar o 16º hospital, em Francisco Morato. A nova unidade, que contará com 66 leitos, será gerenciada pela Universidade Santo Amaro (Unisa).

Alckmin ressaltou ainda que a Saúde é prioridade na atual administração. “O orçamento de São Paulo para 2004 cresceu 10% e o repasse para as Organizações Sociais de Saúde terá um aumento de 24%. Governar é escolher e nós escolhemos a área social”, afirmou. Este ano, o Estado repassou R$ 522,8 milhões para as 15 entidades que administram os hospitais estaduais. Em 2004, esse valor deve subir para cerca de R$ 650 milhões, já que o atendimento será ampliado.

Bons resultados

A parceria vem rendendo bons resultados. Segundo o governador, a média de cesarianas realizadas nos hospitais gerenciados por Organizações Sociais é de 25%, enquanto em hospitais particulares ou da administração direta da rede pública é superior a 50%. Já a taxa de ocupação é superior nas unidades gerenciadas por entidades da sociedade civil, chegando a 77%, contra 65% nos hospitais da administração direta ou nos particulares. Também é maior o número de enfermeiros por leito: nos hospitais novos, há um enfermeiro para cada quatro leitos. Nos outros é de um para cada cinco leitos.

Outro aspecto positivo é a otimização dos recursos. Os custos de internações nos novos hospitais são de 10% a 15% mais baratos que os da administração direta. Além disso, durante este ano, atenderam 16% mais pacientes.

“Os novos hospitais são responsáveis por cerca de 50% das internações hospitalares realizadas em hospitais do Estado e quase 10% das internações de todo o sistema de saúde paulista”, informou o secretário estadual da Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata.

De acordo com pesquisas de avaliação realizadas entre os meses de janeiro e setembro deste ano em cada um dos hospitais gerenciados por Organizações Sociais, o índice de aprovação foi de cerca de 95%. Durante esse período, foram entrevistados cerca de 8 mil pacientes e acompanhantes. Desses, 7,6 mil declararam considerar os serviços oferecidos bons ou ótimos.

Alckmin destacou que o modelo garante agilidade, já que os funcionários são contratados pelas entidades responsáveis pela administração. O mesmo sistema de parceria foi adotado para o gerenciamento dos 17 Restaurantes Bom Prato instalados pelo Estado, que servem refeição a R$ 1,00 para a população carente, e também para os 16 Centros de Ressocialização de Presos. “É preciso ser público, atender bem, de graça, com qualidade e a quem precisa. Mas o gerenciamento não precisa ser estatal, pode ser privado e não lucrativo, do chamado Terceiro Setor”, enfatizou.

Os 15 hospitais administrados por Organizações Sociais de Saúde são: Grajaú, Diadema, Itaim Paulista, Itapecerica da Serra, Itapevi, Itaquaquecetuba, Pedreira, Pirajussara, Vila Alpina, Carapicuíba, Guarulhos, Santo André e Sapopemba, na região da Grande São Paulo; e Bauru e Sumaré, no Interior.

Cíntia Cury