O secretário estadual de Saúde, Luiz Barradas, o secretário municipal de Saúde, Eduardo Jorge, e a prefeita Marta Suplicy visitam o apto. de José Geraldo Ladeira, no bairro de Perdizes.
Caminhada no bairro de Perdizes no Dia D de Combate à Dengue, na Capital.
Os secretários de Saúde Luiz Barradas (estadual), Eduardo Jorge (municipal) e a prefeita Marta Suplicy, em Perdizes, no Dia D de Combate à Dengue.
O número de casos de dengue registrado entre os meses de janeiro e fevereiro deste ano foi menor que o do mesmo período de 2002. No ano passado foram 8.389 casos, contra 2.615 de janeiro até esta semana. “Isso mostra que as ações do Governo do Estado, dos municípios e da população são efetivas. Estamos conseguindo conter o avanço da doença, porém, o mosquito da dengue não está derrotado”, alerta o secretário estadual da Saúde, Luiz Roberto Barradas, que participou, neste sábado, dia 22, da abertura do Dia ‘D’ Metropolitano de Combate à Dengue, na Capital.
Durante toda a semana, as ações de conscientização e combate à dengue foram intensificadas nos 39 municípios da Região Metropolitna, culminando com a mobilização deste sábado. Na Capital, que registrou 13 casos da doença de janeiro até agora, o Dia ‘D’ começou às 9 horas, no bairro de Perdizes, onde o secretário estadual, a prefeita Marta Suplicy e o secretário municipal da Saúde, Eduardo Jorge Alves Sobrinho, participaram de caminhada de conscientização pelas ruas do bairro e visitaram um apartamento. “A visita foi muito interessante. O morador é uma pessoa muito preocupada com a dengue. Todos os pratos que ficam embaixo dos vasos têm areia, porém, a areia não cobre todo o prato, possibilitando que o mosquito ponha ovos na borda”, contou Barradas.
Para o superintendente da Superintendência de Controle de Endemias (Sucen), Luiz Jacintho da Silva, em São Paulo não existe a discussão se o mosquito da dengue é municipal, estadual ou federal. “O mosquito é um problema de todos nós e cabe a nós dar exemplo de cidadania empreendendo todos os esforços necessários para o combate à doença”, afirmou.
Primeira morte por dengue hemorrágica foi confirmada esta semana
No evento, Barradas anunciou a confirmação da primeira morte causada por dengue hemorrágica este ano em São Paulo. A vítima, que morreu em janeiro, era moradora do município de Itapevi, região Oeste da Grande São Paulo, que junto com Jandira, concentra quase 50% dos casos de dengue de todo o Estado. Para Barradas, isso significa que a guerra contra o mosquito não acabou e deve servir como alerta.
“Na última semana tivemos um aumento de quase 700 registros de casos de dengue. É preciso lembrar que não são casos que aconteceram esta semana, mas em janeiro e que estão sendo confirmados agora”, explicou o secretário, que prevê aumento no número de registro nas próximas semanas.
Barradas também destacou que é no mês de abril, tradicionalmente, se registra o maior número de casos de dengue. Isso acontece porque os mosquitos se reproduzem com maior velocidade nos meses de fevereiro e março, que são mais quentes do ano. “Por isso é tão importante, nos meses que precedem abril, iniciando em novembro, o combate ao mosquito da dengue”, afirmou.
O secretário ressaltou que 80% dos criadouros do mosquito estão dentro das casas. “É preciso que cada cidadão se mobilize para tirar o criadouro de dentro da própria casa. O mosquito da dengue gosta da vida moderna. Ele gosta do copo descartável, da embalagem impermeável que junta água. As pessoas têm de adquirir o hábito de combater o mosquito da dengue todos os dias”.
Barradas fez um apelo à população para que permita a entrada dos agentes de saúde identificados nas casas. Também lembrou que cada cidadão deve atuar como multiplicador, alertando os vizinhos e parentes para que todos possam se unir no combate ao mosquito. “Não adianta fazer um trabalho maravilhoso em casa se o vizinho não eliminar seus criadouros”, destacou.
Cíntia Cury
