Estado estende para 48 municípios modelo de compra que gera economia

Bolsa Eletrônica de Compras (BEC) está disponível às prefeituras que assinaram convênio com o Estado nesta quinta-feira, dia 12. BEC e Pregão Presenci

qui, 12/02/2004 - 16h54 | Do Portal do Governo


Bolsa Eletrônica de Compras (BEC) está disponível às prefeituras que assinaram convênio com o Estado nesta quinta-feira, dia 12. BEC e Pregão Presencial já economizaram R$ 240 milhões

Instrumento de compra utilizado pelo Governo do Estado de São Paulo, responsável por uma economia de R$ 40 milhões no ano passado, a Bolsa Eletrônica de Compras (BEC) passará a ser utilizada por 48 prefeituras paulistas e três empresas de economia mista. Os convênios, que garantem acesso ao cadastro da BEC, foram assinados nesta quinta-feira, dia 12, na Secretaria da Fazenda, em São Paulo.

As prefeituras terão acesso a um cadastro com 55 mil fornecedores e a um catálogo detalhado de 20 mil produtos a serem comercializados. Com isso, o comprador escolhe o item a ser adquirido e automaticamente é gerado um e-mail para todos os fornecedores cadastrados. A partir de então, inicia-se um leilão regressivo, com cada fornecedor oferecendo propostas a custos mais baixos ao comprador.

Totalmente informatizado, o novo modelo de compras garante transparência nas transações, além da redução de custos. Para o governador Geraldo Alckmin, a BEC é uma eficiente vacina contra o superfaturamento. “Todas as transações estarão disponíveis a todos os interessados. Esta é a maneira mais transparente de comprar”, assegurou.

O secretário da Fazenda, Eduardo Guardia, explicou que as prefeituras poderão utilizar o mecanismo para compras de até R$ 8 mil, sem a necessidade de licitação. Além dos 48 municípios, as empresas de economia mista Dersa, CPOS e Metrô também aderiram ao sistema. “Para as empresas, o valor máximo para a utilização da BEC é de R$ 16 mil”, informou Guardia.

Alckmin destacou que este é um grande salto de qualidade que os municípios darão em suas administrações. “As tecnologias de informação são a revolução do nosso tempo, pois com ela encurtamos distâncias, além de ser um modelo eficiente de administração”, disse. Ele anunciou que o modelo poderá ser disponibilizado para todas as cidades que se interessarem. “No Governo do Estado, nós já proibimos por decreto qualquer tipo de compra que não seja feita pela BEC ou pelo Pregão Presencial”, observou.

O secretário da Casa Civil, Arnaldo Madeira, lembrou que no passado os administradores não tinham o pleno conhecimento das possibilidades de compra. “O resultado disso foram as contas enormes que outros administradores herdaram, fruto de compras mal feitas”, analisou. O governador ressaltou que no ano passado a economia brasileira não cresceu e, consequentemente, a arrecadação do Estado caiu. “Mesmo assim, não aumentamos impostos e mantivemos as obras graças à economia gerada pela BEC.”

Os municípios que passam a contar com o instrumento de compra são: Adamantina, Aguaí, Andradina, Assis, Avaré, Bilac, Campos do Jordão, Cerquilho, Descalvado, Divinolândia, Gabriel Monteiro, Garça, Guaiambé, Guarantã, Herculândia, Junqueirópolis, Júlio Mesquita, Laranjal Paulista, Lençóis Paulista, Lupércio, Miracatu, Ouro Verde, Paraguaçu Paulista, Pereira Barreto, Pedro de Toledo, Pindamonhangaba, Piquete, Pirajuí, Praia Grande, Promissão, Reginópolis, Rincão, Rubiácea, Salmourão, Santa Cruz da Esperança, Santa Cruz das Palmeiras, Santa Gertrudes, São João do Pau D’Alho, São José do Rio Pardo, São Sebastião da Grama, Serra Azul, Sud Menucci, Tambaú, Tapiratiba, Tarumã, Terra Roxa, Tupi Paulista e Valparaíso.

Pregão Presencial

O Pregão Presencial é outro instrumento implantado pelo Governo paulista para compras, com redução de custos e agilização do processo licitatório. Pelo sistema, os representantes das empresas interessadas ficam presentes à sessão pública e formulam lance verbalmente, na presença dos demais concorrentes.

Por meio do Pregão, o Estado já economizou R$ 200 milhões, reduzindo em 13,79% o valor de suas compras de bens e serviços. Os 4.779 pregões realizados até o último dia 28 mostram sensível redução nos valores unitários contratados, obtidos por processo de negociação. O valor total das compras seria de R$ 1,452 bilhões, mas foram reduzidos a R$ 1,252 bilhões.

Rogério Vaquero