Exatos 1.000 soldados do Exército passam a trabalhar no combate à dengue no Estado de São Paulo a partir deste fim de semana até o fim do mês de maio.
A informação foi dada pela diretoria da Sucen – Superintendência de Controle de Endemias, vinculada à Secretaria Estadual da Saúde, durante reunião com prefeitos da Grande São Paulo e da Baixada Santista, que contou com a presença do secretário da Saúde, José da Silva Guedes.
O encontro, realizado nesta segunda-feira, dia 18, na Faculdade de Saúde Pública da USP, discutiu ações e estratégias na luta contra a dengue e definiu as atividades que serão realizadas no dia 23 de março, data escolhida como ‘Dia D do Combate à Dengue’ em todo o Estado.
Do efetivo do Exército, 510 soldados serão destinados para atuar na Grande São Paulo, 240 na região de Campinas, 220 na Baixada Santista e 30 na região de Lins. Segundo a diretora do Departamento de Controle de Vetores da Sucen, Carmem Moreno Glasser, os soldados vão trabalhar na vistoria e eliminação de criadouros do mosquito, e ainda na orientação à população e, em alguns casos, na aplicação do inseticida nas áreas infestadas.
O planejamento dos trabalhos, incluindo a priorização das regiões que terão reforço dos soldados foram feitos pela Sucen, conforme levantamento estatístico de notificações e casos confirmados da doença no Estado. Cerca de 64% dos casos estão na Baixada Santista e 13% na região de Campinas.
Apesar da Grande São Paulo não representar porcentagem expressiva (menos de 1% dos casos sem imigração de outro Estado), a região foi priorizada pela Sucen por ter a maior concentração populacional do Estado. ‘Na Capital e cidades vizinhas, a maioria dos criadouros são originados de armazenamento de água, como caixas d´água e tambores sem tampa’, disse Carmem Glasser.
Ela observou que o mês de março está sendo o da mobilização em todo o Estado. ‘Além do Dia D, diversos municípios já vêm desenvolvendo ações locais e conjuntas de combate ao mosquito’, comentou.
A Sucen também fez 163 contratações emergenciais, com contrato de três meses, para reforçar as equipes de combate ao mosquito da dengue. Com isso, a superintendência estadual aumentou em cerca de 20% sua capacidade de aplicação do inseticida em todo o Estado.
Gislene Lima
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