Estado de São Paulo atinge 40 milhões de habitantes

No próximo dia 30 de julho, o relógio populacional do site da Fundação Seade registrará o número 40.000.000

qua, 27/07/2005 - 12h16 | Do Portal do Governo

Em 2005, a população paulista atinge a marca de 40 milhões. Unidade mais populosa da federação, concentrando 21% da população brasileira, o Estado de São Paulo passa, assim, a ser mais populoso do que 178 países, colocando-se abaixo de apenas 29 em termos de habitantes. Na América do Sul, somente a Colômbia abriga um número maior de pessoas que nosso Estado. No território paulista residem 11% de todos os sul-americanos.

No próximo dia 30 de julho, o relógio populacional do site da Fundação Seade (www.seade.gov.br) registrará o número 40.000.000. São Paulo atinge esse patamar após crescer a taxas sempre maiores que a média nacional. A década de 50 foi a de maior expansão, quando o Estado cresceu 3,6% ao ano e o Brasil, 3,2%. No último período censitário, 1991-2000, enquanto São Paulo aumentou 1,8% ao ano, o Brasil registrou incremento de 1,6%. No início do século XXI, os ritmos de crescimento esperados para essas áreas são menores, mas o estimado para São Paulo (1,6%) ainda supera a média nacional (1,4%).

As estatísticas vitais, processadas e organizadas pela Fundação Seade com informações sobre nascidos vivos e óbitos provenientes dos Cartórios de Registro Civil do Estado, relacionadas com os Censos Demográficos, realizados pelo IBGE, permitem analisar o crescimento populacional, interpretar a dinâmica demográfica paulista e construir cenários futuros para a população do Estado.

O modelo de projeção populacional adotado pelo Seade baseia-se no chamado método dos componentes demográficos, que considera, na simulação dos possíveis cenários futuros para a população paulista, a interação das três variáveis responsáveis pelo crescimento populacional: fecundidade, mortalidade e migração. A tendência esperada para os componentes da dinâmica demográfica do Estado de São Paulo considera a continuidade da queda nos níveis da fecundidade, o gradativo aumento da expectativa de vida ao nascer e a redução nas taxas de migração para o Estado. A interação dessas tendências resulta na manutenção do processo de desaceleração do ritmo de crescimento, cuja taxa anual deve atingir 1,6%, no primeiro qüinqüênio do século XXI.

Tais tendências também produzem importantes alterações na estrutura etária e no ritmo de crescimento de todos os segmentos da população do Estado de São Paulo. Os resultados dessa análise, considerando os grupos quinzenais de idade, indicam que o segmento etário menor de 15 anos manteve seu volume populacional praticamente inalterado, enquanto os demais registraram aumentos diferenciados. Entre 2000 e 2005, o grupo de maior volume populacional, com idades entre 15 e 29 anos, cresceu à taxa anual de 1,0%; o contingente entre 30 e 44 anos elevou-se em 1,6%; e a população de 45 a 59 anos registrou o maior crescimento (4,2%). O número de habitantes na terceira idade (com 60 anos ou mais) também apresentou aumento expressivo, nesse período, com um acréscimo de 510 mil pessoas. O contingente entre 60 e 74 anos elevou-se em 2,6% ao ano e aquele com mais de 75 anos registrou a segunda maior taxa de crescimento da população paulista (3,9% ao ano).

Entre 2000 e 2005, consolida-se o processo de envelhecimento da população residente no Estado de São Paulo, quando os grupos a partir dos 30 anos de idade aumentam sua participação relativa na população total, enquanto os mais jovens a diminuem, com destaque para o segmento de menores de 15 anos, cuja perda proporcional foi de aproximadamente dois pontos percentuais. A participação da população de 45 a 59 anos apresentou a maior diferença, aumentando cerca de dois pontos percentuais em apenas cinco anos.

A composição da população paulista, por sexo, revela maior presença de mulheres. Isso decorre, principalmente, do diferencial existente na esperança de vida ao nascer – que registra uma margem de cerca de oito anos de vida a favor das mulheres -, além da maior participação do sexo feminino nos fluxos migratórios recentes para o Estado.

O indicador utilizado para avaliar o equilíbrio populacional entre os sexos é a razão de sexo, que indica quantos homens existem para cada 100 mulheres. Em 2005, há equilíbrio entre homens e mulheres nas faixas menores de 29 anos. Com o avançar da idade, ocorre queda gradativa neste indicador, observando-se a crescente supremacia da população feminina, que se destaca na terceira idade: para o contingente entre 60 e 74 anos, há 82 homens para cada 100 mulheres e no grupo de 75 anos e mais essa relação é ainda menor (63 homens para cada 100 mulheres).

‘SP Demográfico’, Ano 6, n° 1, elaborado pela Fundação Seade

(LRK)