Estado contará com R$ 6,7 bilhões no orçamento para investir em obras em 2005

Governador deu a informação durante exposição no Sindicato da Indústria da Construção Pesada

seg, 06/12/2004 - 17h00 | Do Portal do Governo


O Governo do Estado vai dispor de R$ 6,7 bilhões no orçamento de 2005 para investir em obras. A informação foi dada pelo governador Geraldo Alckmin nesta segunda-feira, dia 6, durante explanação sobre as ações do Governo em infra-estrutura, durante visita à sede do Sindicato da Indústria da Construção Pesada (Sinicesp), na região da Paulista.

Parte do valor será voltada para a construção de escolas técnicas, das Fatecs e do campus da USP na Zona Leste. A área habitacional vai receber R$ 1 bilhão para a construção de novas moradias, que visam erradicar os cortiços nas cidades de São Paulo, Santos e Campinas. Na área de saneamento básico, o Governo vai investir R$ 3,5 bilhões em todo Estado. As maiores obras serão feitas na Baixada Santista e no Vale do Paraíba.

Alckmin disse que a construção civil é um setor importante para o desenvolvimento de São Paulo e do Brasil. “Um dos grandes gargalos que poderemos ter para o crescimento sustentado, forte e de longo prazo é a questão da infra-estrutura e logística. Por isso, é importante termos bons projetos que serão feitos com recursos do Governo do Estado, da Parceria Público Privada (PPP) e de concessões, cujos investimentos são privados”, detalhou o governador.

Os principais projetos do Governo em parceria com a iniciativa privada são: o novo corredor de importação e exportação (Campinas/São José dos Campos e São Sebastião); a construção do segundo píer de São Sebastião em águas profundas para atracação de navios que necessitam de um calado maior; as unidades do Poupatempo de Osasco e Santos, que serão feitas pela PPP; o tramo sul do Ferroanel, que está sendo trabalhado em conjunto com o Governo Federal; e as ampliações das linhas do Metrô. No caso da Linha 4, a primeira fase de construção civil é de responsabilidade do Governo do Estado, mas a segunda etapa, que inclui material rodante, deve ter participação do setor privado.

A primeira etapa da Linha 4 deverá ser entregue em 2008 e vai ligar a estação da Luz até o bairro da Vila Sônia. Quando concluída, a expectativa é de que transporte 950 mil passageiros/dia. Terá 12,8 quilômetros e 11 estações. Inicialmente, irá operar com cinco ou seis estações. A segunda etapa levará mais dois anos para ser entregue.

A Linha 2 está sendo ampliada a partir da estação Ana Rosa. O trecho contará com três estações: Chácara Klabin, Imigrantes e Ipiranga. As obras deverão ser entregues até o final da gestão Alckmin. As Linhas de trens da CPTM também vão receber investimentos. O Governo vai construir mais três estações na Linha C. A partir da estação Jurubatuba, serão erguidas: Autódromo, Interlagos e Grajaú. A Linha F, que sai do Brás com destino a Calmon Viana, na Zona Leste também será totalmente revitalizada.

Quanto ao trecho sul do Rodoanel, as audiências públicas já acabaram e a próxima etapa inclui a publicação do edital. “A primeira etapa será feita com recursos do Tesouro. Nós temos R$ 240 milhões do Estado previstos para o ano que vem. Se tivermos mais R$ 120 milhões do Governo Federal, vai totalizar R$ 360 milhões. Poderá haver também participação do setor privado”, informou.

Ele disse que se não houver nenhum problema jurídico na área ambiental, simultaneamente ocorrerão as desapropriações e as obras do trecho sul do Rodoanel. “Nós temos a possibilidade de fazer o trecho do ABC, ligando Mauá até a Via Anchieta, chegando até o corredor de importação e exportação. O outro lote inclui a ligação da Via Anchieta com a Rodovia dos Imigrantes, e o próximo vai da Imigrantes até a Régis Bittencourt”.

Alckmin disse que o Governo dispõe de tecnologias que ajudam a superar as dificuldades ambientais. “O melhor exemplo foi a segunda pista da Imigrantes, que foi construída ligando São Paulo até Santos, em plena Mata Atlântica”. A empresa concessionária recebeu o prêmio ISO 14001, que se refere ao cuidado com o Meio Ambiente. “Temos tecnologia e engenharia para fazer uma obra preservando o meio ambiente. O que não pode é ficar a cidade toda poluída. Precisamos tirar esses caminhões, movidos a óleo diesel circulando pela cidade”.

Valéria Cintra