São Paulo vai sediar o primeiro Laboratório para Análise de Dioxinas e Furanos de um órgão público do País. A pedra fundamental foi lançada nesta terça-feira, dia 21, pelo governador Geraldo Alckmin, na Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), na Capital. “É o nosso compromisso para que avanços nas áreas da ciências, tecnologia e meio ambiente sejam incorporados no desenvolvimento sustentado”, disse o governador.
O laboratório, que deve ser entregue em um ano, vai permitir maior autonomia na detecção desses poluentes, prejudiciais à saúde, por meio de vários equipamentos de tecnologia de ponta, entre eles um espectrômetro de massa de alta resolução, recebido do governo japonês, no valor de cerca de US$ 800 mil. “A instalação desse equipamento dará mais arma para o trabalho que a Cetesb realiza”, explicou o secretário do Meio Ambiente, José Goldemberg.
Segundo o presidente da Cetesb, Rubens Lara, o laboratório terá 120 metros quadrados e custará R$ 1,2 milhão. Para ele, as parcerias com os governos japonês e alemão têm consolidado a Cetesb, como a agência ambiental líder na América Latina e no Caribe. Ele acrescentou que apenas uma empresa do Rio de Janeiro tem um laboratório desse nível.
As dioxinas e furanos são poluentes orgânicos persistentes, conhecidos como (POPs), formados de processos industriais e incineração de resíduos perigosos e hospitalares. Eles também são formados em queimadas e na combustão em veículos, especialmente os movidos a diesel. Ao entrar na cadeia alimentar, pode bioacumular-se no organismo humano, causando sérios problemas à saúde, como toxicidade dérmica, imunotoxicidade e carcinogenicidade causando entre as várias doenças o atraso no crescimento de crianças e redução da fertilidade humana.
Novo Laboratório de Química Inorgânica
“Hoje é um dia importante, porque marca mais um passo na trajetória ascendente da Cetesb”, acrescentou José Goldemberg, ao acompanhar o governador também para inaugurar as novas instalações do Laboratório de Química Inorgânica, onde foram investidos R$ 370 mil pela própria agência ambiental.
Construído em 1976, pelo então governador Paulo Egydio Martins – que esteve presente à solenidade, bastante emocionado – o laboratório, que ocupa uma área de 550 metros quadrados, teve sua infra-estrutura otimizada e recebeu novos equipamentos de última geração. “São ações resultantes do trabalho desenvolvido pela Cetesb com o apoio de grandes parceiros como o governo japonês e alemão”, destacou o presidente da Cetesb.
Dia da Árvore
Em comemoração do Dia da Árvore, o governador e autoridades plantaram um ipê. “São Paulo tem motivos para comemorar”, destacou Alckmin. Ele explicou que apesar das dificuldades enfrentadas, pelo Estado haver perdido nas últimas décadas um milhão de hectares de cobertura vegetal a cada dez anos, desde 1940. Em 2002, a curva se inverteu e houve o aumento da cobertura vegetal do Estado para 68 mil hectares. “Especialmente nas áreas que mais precisavam: Região Metropolitana, Serra da Mantiqueira e Litoral.”
Ele lembrou que o Dia da Árvore foi instituído pelo engenheiro João Pedro Cardoso de Pindamonhangaba, sua cidade natal. “Em 1902, ele plantou, na cidade de Araras, uma palmeira que ainda está firme lá”, contou.
Para o secretário do Meio Ambiente, o plantio simboliza o esforço que tem sido feito na tentativa de recuperar a cobertura florestal do Estado de São Paulo. Ele disse que nas próximas semanas serão plantadas 500 mil mudas na Estação Experimental de Buri.
Lilian Santos
