Estado atenderá pleito do BNDES para financiamento das obras da Linha 2 do Metrô

Governo paulista antecipou liberação de recursos para não atrasar cronograma de obras

seg, 11/04/2005 - 16h41 | Do Portal do Governo


O governador Geraldo Alckmin, após encontro realizado nesta segunda-feira, dia 11, no Palácio dos Bandeirantes, com o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Guido Mantega, se dispôs a oferecer nova garantia para o financiamento da expansão da Linha 2 do Metrô. Isso porque, embora o Metrô seja uma empresa não-dependente, o BNDES entendeu que o empréstimo seria para o setor público, que tem limites de endividamento impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

Para o financiamento do prolongamento da Linha 2, o Governo do Estado faz um lançamento de debêntures (ações de longo prazo) de R$ 390 milhões, que é o valor do empréstimo pleiteado pelo Metrô. De acordo com Alckmin, a proposta trazida pelo presidente do BNDES é que em vez de debênture simples, como foi oferecido pelo Estado, que seja uma debênture conversível, ou seja, que essa ação seja cotada na Bolsa de Valores, podendo ser ação da Sabesp, da Cesp, da Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (CETEEP) ou da Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae). “Nós entendíamos até que não havia necessidade dessa questão da debênture conversível. Mas não há problema. É possível, sim, atender ao pleito do BNDES e com isso viabilizar a operação”, afirmou o governador. Ele enfatizou que o Estado vai trabalhar para que a questão seja resolvida o mais rápido possível. “Se esse for o problema, eu diria que está resolvido”, destacou Alckmin.

As obras de expansão da Linha 2 do Metrô (Vila Madalena/Ana Rosa) já estão em andamento. A linha vai ganhar cinco quilômetros a mais e três novas estações: Chácara Klabin, Imigrantes e Ipiranga. Essa obra será custeada pelo Tesouro paulista e deverá contar com financiamento do BNDES. Para que não haja atraso no cronograma devido a demora da aprovação do financiamento, o Tesouro do Estado antecipou liberação recursos. “Acertada essa operação com o BNDES, nós ficamos com segurança para que a obra tenha agilidade”, explicou o governador. Outras duas estações estão previstas para essa linha, Sacomã e Vila Prudente, além da interligação com o trem (Rio Grande da Serra/Luz).

Além da Linha 2, o Estado está implantando a Linha 4 do Metrô (Luz/Vila Sônia), que conta com recursos do Tesouro paulista e dois financiamentos externos, do Japan Bank e do Banco Mundial (Bird). Essa linha terá 13 quilômetros. O Metrô tem atualmente 59,5 quilômetros de rede. Somando-se as obras das duas linhas, o Metrô terá um acréscimo de quase 30% na rede.

No encontro também foi discutida a questão da capitalização da Companhia do Energético de São Paulo (Cesp). O Governo paulista deverá discutir o tema com o Ministério da Fazenda, já que é um assunto que envolve o Tesouro da União.

Cíntia Cury