Estado apresenta projeto para inclusão social de crianças portadoras de deficiência

'Criando Asas' deve começar a ser implantado em 100 municípios com, no mínimo, 50 mil habitantes a partir do dia 1º de junho

seg, 20/05/2002 - 14h35 | Do Portal do Governo

O Projeto Criando Asas está sendo desenvolvido pelo Governo do Estado para atender crianças portadoras de deficiência, com idades de zero a seis anos, prioritariamente as que pertençam a famílias com renda de até dois salários mínimos. O objetivo é apoiar o desenvolvimento das potencialidades dessas crianças, com envolvimento da família e da comunidade, para proporcionar sua inclusão na rede formal de educação, como creche ou pré-escola. A previsão é que a implantação do Criando Asas seja iniciada no dia 1º de junho, em 100 municípios com população a partir de 50 mil habitantes e de acordo com os critérios definidos na resolução nº 10/Seads de 7 de maio de 2002, que instituiu o projeto. No primeiro momento, se procederá a capacitação em sete pólos regionais. Nesta segunda-feira, dia 20, o secretário estadual de Assistência e Desenvolvimento Social, Nelson Proença, esteve no Palácio dos Bandeirantes para apresentar o projeto aos representantes de vários municípios.

A família será capacitada e instrumentalizada para ajudar a criança a desenvolver habilidades por meio de situações lúdicas e do brinquedo. Por exemplo, os pais aprenderão a explorar as situações do cotidiano para estimular o desenvolvimento da criança e de suas habilidades.

As atividades serão desenvolvidas em módulos de atendimento compostos por um núcleo central e quatro núcleos comunitários, equipados com brinquedos adequados à faixa etária das crianças atendidas e materiais pedagógicos apropriados à estimulação e adaptados às atividades desenvolvidas. ‘Serão capacitadas três pessoas por módulo, sendo dois ludo-educadores e um coordenador. No total, isso corresponde a 300 pessoas capacitadas no Estado. Não que a equipe vá se reduzir a isso. Nós contamos com a complementação com recursos humanos do município e de voluntários a serem arregimentados na comunidade’, explicou a diretora do Grupo de Política e Programas da Pessoa Portadora de Deficiência, Helena Lavander Mendonça.

O Criando Asas será implantado por intermédio de parcerias técnico-financeiras, por convênios firmados entre a Secretaria de Assistência e Desenvolvimento e os municípios ou as entidades sociais por eles indicadas. O período de vigência do convênio é de, no mínimo, cinco meses e, no máximo, oito meses. Para a execução de cada projeto serão destinados R$ 4 mil mensais para o custeio de 60 vagas, mais uma parcela para implantação. As prefeituras se encarregarão de efetuar o cadastramento das crianças que serão atendidas. Caberá aos municípios identificar e selecionar os beneficiários em focos de exclusão social, utilizando o Cadastro Pró-Social, instituído pela Secretaria.

Para o secretário Nelson Proença, trata-se de um triplo desafio. ‘O primeiro, é oferecer ações para portadores de deficiência nessa faixa etária, sobretudo, os que estão em focos de exclusão. O segundo, é que a estimulação e a preparação da criança para a entrada no sistema de apoio social existente seja feita na idade adequada, para que se possa obter melhores resultados. E o terceiro, não é criar um grupo de crianças que será permanentemente atendido, mas preparar os portadores de deficiência para a inclusão no sistema de apoio social existente’, explicou.

Cíntia Cury