Especial: Unicamp melhora infra-estrutura para cursos noturnos

Medida visa permitir que a qualidade dos cursos seja a mesma dos similares diurnos

seg, 05/08/2002 - 11h10 | Do Portal do Governo

Portaria assinada pelo reitor da Unicamp cria uma comissão para estudar e propor medidas visando à melhoria da infra-estrutura dos cursos noturnos da Universidade. O ato foi publicado na edição deste sábado, dia 3, do Diário Oficial. O objetivo básico é permitir que a qualidade dos cursos oferecidos à noite seja a mesma de seus similares diurnos. A única diferença está no tempo de integralização previsto em cada um, que é maior para o noturno. Isso ocorre para permitir que o aluno matriculado à noite possa receber a mesma carga didática que seu colega do diurno recebe nos períodos matutino e vespertino.

A manutenção do mesmo quadro de professores do diurno também garante a sólida formação de quem estuda à noite na Unicamp. Um exemplo é o curso de Engenharia Elétrica, que forma profissionais nos dois períodos. Situação semelhante ocorre em outros cursos, como Pedagogia, Letras, Ciências Econômicas e Engenharia de Alimentos. Há, ainda, os cursos oferecidos especificamente à noite, em que não há congêneres diurnos, como Licenciatura Integrada Química/Física, Arquitetura e Urbanismo, Mecatrônica e Ciência da Computação.

A Unicamp é responsável por 15% das pesquisas produzidas no país e por 125 dos 355 pedidos de patentes registrados pelo INPI na década de 90. Além disso, mantém Cooperação internacional com 30 países. Segundo a avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Persoal de Nível Superior (Capes), 94% dos cursos oferecidos pela Unicamp são bons (avaliados com conceitos maiores ou iguais a 4) e 50% são excelentes (conceitos maiores ou iguais a 5).

A partir de 2003, além de poder cursar as modalidades tradicionalmente oferecidas pelo Instituto de Física Gleb Wataghin – bacharelado em Física e bacharelado em Física Aplicada – o estudante do curso diurno terá a opção de graduar-se bacharel em Física Médica ou bacharel em Física Biomédica. O bacharelado em Física Biomédica formará profissionais voltados para a área acadêmica que atuem em pesquisa em áreas multidisciplinares que congregam a física e as áreas das ciências da vida. Já o bacharelado em Física Médica permitirá ao estudante obter formação e treinamento em três áreas: Medicina Nuclear, Radioterapia e Radiologia.

A diferença básica entre as modalidades está na possibilidade do bacharel em Física Médica atuar, após a conclusão do curso, na rotina clínica dos serviços de saúde públicos e privados ou, caso deseje, seguir a carreira de pesquisador, enquanto o bacharelado em Física Biomédica destina-se principalmente à formação de estudantes voltados para a pesquisa. O estudante que optar por Física Médica deve completar sua formação em cinco anos já que, ao final dos quatro anos da graduação, deverá realizar obrigatoriamente um estágio de um ano no Hospital de Clínicas da Unicamp e no Centro de Atendimento Integral à Saúde da Mulher (CAISM), também localizado dentro da Universidade. Caso opte pelo bacharelado em Física Biomédica, o aluno poderá integralizar o curso em menos tempo – quatro anos – porque, neste caso, o estágio não é exigido.

Da Agência Imprensa Oficial – Fonte: site www.unicamp.br