A Campanha de Multivacinação em todo Estado de São Paulo será realizada no próximo dia 24 pela Secretaria da Saúde. As vacinas são constituídas por diversos componentes biológicos e químicos que, apesar de aprimorados processos de produção e purificação, podem produzir efeitos indesejáveis. A incidência desses eventos varia conforme características do produto, da pessoa a ser vacinada e do modo de administração.
Algumas manifestações podem ocorrer após o emprego de determinadas vacinas e, geralmente benignas, correspondem a distúrbios passageiros e a leve desconforto, com evolução autolimitada (exemplo: febre após vacinação contra o sarampo). É possível, porém, que esta associação seja decorrente, apenas, de uma coincidência. Raramente, ocorrem reações adversas mais graves. Todas as crianças de zero a cinco anos incompletos devem ser imunizadas.
O que é falso
Por isso mesmo, não use as afirmações abaixo como desculpa para não levar suas crianças para a vacinação. São todas falsas contra-indicações à vacinação:
· Afecções comuns, como doenças infecciosas ou alérgicas do trato respiratório superior com tosse e/ou coriza; diarréia leve ou moderada; doenças da pele (lesões impetiginosas esparsas; escabiose).
· História e/ou diagnóstico clínico pregressos de tuberculose, hepatite B, coqueluche, difteria, tétano, poliomielite, sarampo, caxumba, rubéola e febre amarela, no que diz respeito à aplicação das respectivas vacinas.
· Desnutrição.
· Uso de qualquer tipo de antimicrobiano.
· Vacinação contra a raiva.
· Doença neurológica estável (exemplo: convulsão controlada) ou pregressa, com seqüela presente.
· Antecedente familiar de convulsão.
· Tratamento sistêmico com corticosteróides nas seguintes situações: curta duração (inferior a duas semanas), independentemente da dose; doses baixas ou moderadas, independentemente do tempo; tratamento prolongado, em dias alternados, com corticosteróides de ação curta; doses de manutenção fisiológica.
· Alergias (exceto as relacionadas com os componentes das vacinas).
· Prematuridade ou baixo peso ao nascimento. Nestes casos não se deve adiar o início da vacinação (exceção: vacina BCG – ver capítulo correspondente).
· Internação hospitalar. Esta é uma ótima oportunidade para atualizar o esquema de vacinações, desde que não haja contra-indicação formal.
Quando do uso seqüencial de vacinas de vírus vivos, deve-se respeitar o intervalo mínimo de duas semanas, exceto no caso da vacina contra a poliomielite (que pode ser administrada com qualquer intervalo, antes ou depois de outras vacinas de vírus vivos).
Fonte:
site www.cve.saude.sp.gov.br
Sirlaine Aiala
Da Agência Imprensa Oficial