Especial: Itesp e Paula Souza firmam convênio para oferecer cursos a filhos de agricultores

Objetivo é auxiliar famílias de agricultores assentados a obter negócio próprio para evitar o êxodo rural

sex, 15/11/2002 - 12h06 | Do Portal do Governo

A Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo (Itesp) e o Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza firmaram convênio para ampliação do Programa de Formação de Jovens Empresários Rurais (Projovem) e criação de outros cursos técnicos agrícolas.

O objetivo é auxiliar filhos de famílias de agricultores, assentados pelo Itesp, a obter negócio próprio que lhes garanta rentabilidade financeira e evite o êxodo rural. O extrato de convênio foi publicado no Diário Oficial do Estado, edição de 12 de novembro.

O Projovem, criado em 1996 pelo Centro Paula Souza e Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da USP (Esalq), de Piracicaba, e adotado no ano seguinte, já formou cerca de 200 pessoas. Não é curso regular, mas exige que o jovem candidato tenha cursado pelo menos até a quarta série do ensino fundamental.

Cultura agrícola
A idéia do Projovem é estimular uma cultura agrícola praticada pela família ou introduzir uma nova. Cada aluno desenvolve projetos dentro da metodologia da alternância: uma semana na escola e três em sua propriedade, colocando os ensinamentos em prática, sob supervisão de monitores.

Até o momento, o programa foi adotado em Riolândia, Peruíbe, Bananal, Maracaí, Rancharia, Presidente Venceslau e Promissão. Nessas três últimas cidades, os alunos eram provenientes de assentamentos do Itesp, embora ainda não houvesse o convênio com o Centro Paula Souza, mas apenas uma parceria informal.

Os cursos podem abranger, por exemplo, gado de leite, fruticultura, café e culturas de hortaliças e legumes em estufas, como tomate. Em Presidente Venceslau, um grupo de alunos está montando uma associação para levar adiante projeto de técnicas de resfriamento de leite.

Os demais cursos serão objeto de estudos do Centro Paula Souza com as comunidades de assentados. Haverá levantamento do perfil ocupacional, envolvendo quais atividades agropecuárias geram emprego e renda às famílias. A partir desse estudo, as duas entidades conveniadas irão elaborar os cursos. Diferente do Projovem, serão de nível técnico, exigindo que o aluno tenha, ou esteja estudando, o ensino médio.

Os professores do Centro Paula Souza, denominados nas áreas como monitores, são técnicos agrícolas de nível médio ou profissionais com cursos superiores como engenheiros agrônomos, pedagogos e veterinários.

Mais informações:
www.institutodeterras.sp.gov.br
www.centropaulasouza.com.br

Otávio Nunes- Da Agência Imprensa Oficial