Da Agência Imprensa Oficial e Assessoria de Imprensa da Unesp/Botucatu
Especialistas da área de saúde estimam que cerca de 60% dos professores já sofreram algum problema vocal. Isso é comum às pessoas que usam a voz nos 365 dias por ano. Especialistas constatam também, que a maioria das pessoas não dispensa os cuidados adequados às cordas vocais, inclusive quem depende dela para trabalhar. Essa desatenção tem um preço elevado. Para reverter a situação, será realizado o Dia Mundial da Voz, marcado por atividades em todo o País: Dia 16 de abril. A Faculdade de Medicina da Unesp, campus de Botucatu, participa do evento, promovendo campanha que se estenderá por uma semana.
Nesse período, médicos, otorrinolaringologistas e fonoaudiólogas realizarão entrevistas em emissoras de rádio, TV e jornais, para fornecer informações e orientação para a população e, em especial, para profissionais que usam a voz em suas atividades. ‘Vamos também distribuir panfletos e colocar faixas em locais públicos, a fim de chamar a atenção das pessoas’, explica a docente Regina Helena Garcia Martins, coordenadora regional da campanha, ao lado do professor Jair Cortez Montovani, ambos do Departamento de Oftalmologia, Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço da Faculdade de Medicina de Botucatu.
No dia 16, a população terá atendimento gratuito no Posto de Saúde da Avenida Santana, em Botucatu. ‘Serão realizados exames otorrinolaringológicos e orientações fonoaudiológicas a portadores de distúrbios vocais e a profissionais da voz’, afirma Regina. Ela acentua que as queixas mais comuns entre aqueles que dependem do uso intenso da voz em seu trabalho envolvem dores de garganta, cansaço vocal, rouquidão e acúmulo de secreções – problemas geralmente resolvidos com o descanso vocal.
O uso excessivo ou inadequado da voz pode levar a lesões na laringe, como nódulos e edemas. ‘Muitas dessas lesões exigem tratamento cirúrgico e reeducação vocal, por meio de terapia fonoaudiológica’, enfatiza a professora.
A campanha também alertará para os riscos do câncer de laringe, que atinge basicamente fumantes e alcoólatras e tem como sintomas iniciais uma discreta alteração da voz ou rouquidão. De acordo com Regina, quando a doença é diagnosticada em seus primeiros estágios, o tratamento tem alta probabilidade de sucesso. ‘Todo fumante que apresente rouquidão constante por mais de três ou quatro semanas deve procurar assistência médica e ser submetido a exame de laringe’, conclui.
Cuide da sua voz
(AM)
